O governo do Estado lançou nesta sexta-feira, 3, o Programa Primeira Infância Acreana, que vai fortalecer a Rede de Serviços destinados às crianças, desde a sua concepção no ventre da mãe aos seis anos de vida. Sensibilizar a sociedade e o poder público, formando atores de interesse sobre o desenvolvimento infantil integral, é o principal objetivo do programa.
O Primeira Infância Acreana vai trabalhar em parceria com as prefeituras de sete cidades acreanas e secretarias estaduais de Educação e Desenvolvimento Social. “Nós vamos organizar serviços intersetoriais nos territórios onde as crianças vivem, compreendendo seu processo de desenvolvimento e suas necessidades. A nossa meta é implantar o programa em todas as cidades do Acre” afirmou Priscylla Aguiar, gerente da Divisão de Saúde da Criança do Acre.
Os agentes de saúde terão papel fundamental na mudança das práticas tradicionais. Serão eles os responsáveis pelo primeiro contato familiar e trabalharão junto às comunidades novos comportamentos. A ideia é transformar o programa em uma política de Estado e garantir a sua continuidade, independentemente das administrações futuras.
Thereza de Lamare, coordenadora do Programa de Saúde da Criança do Ministério da Saúde, lembrou que diversas pesquisas demonstram que os estímulos feitos quando crianças resultam em adultos mais bem preparados para a vida.
“Nosso cérebro precisa ser estimulado o tempo todo. Isso é fundamental para desenvolver capacidades e habilidades cognitivas e intelectuais. Futuramente nós queremos crianças capazes de intervir de maneira positiva na sociedade”, disse.
A primeira-dama do Estado e madrinha do Programa Primeira Infância Acreana, Marlúcia Cândida, falou sobre os investimentos feitos pelo governo no campo social. Segundo ela, o trabalho dever ser reforçado. “Essas políticas transversais têm feito esse papel fundamental de mudanças. Precisamos reforçar esse trabalho e aprofundá-lo para garantir o nosso objetivo”, declarou.
A vice-governadora Nazareth Araújo lembrou que o estado é um dos poucos que tiveram o reconhecimento do Ministério da Saúde por desenvolver um trabalho em prol das crianças. “O Acre não tem muitos recursos. Seu Produto Interno Bruto [PIB] não é um dos maiores do país, mas somos proporcionalmente o segundo estado que mais investe em políticas públicas de saúde no Brasil”, ressaltou.