Escolas da rede pública da capital e entidades receberam nesta terça-feira, 19, do governo do Estado, por meio da Secretaria de Extensão Agroflorestal e Produção Familiar (Seaprof), a entrega de produtos do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), com investimentos que ultrapassam o R$ 1,3 milhão.
“São 660 famílias beneficiadas e 93 entidades, dando continuidade ao Plano Agrícola de Rio Branco, fazendo com que esse investimento chegue ao produtor. O PAA garante a compra da produção dos agricultores familiares e, destina esses produtos às entidades que necessitam de alimentação de qualidade a custo zero. É um programa muito importante que o governador Tião Viana prioriza”, destaca Mariana Carvalho, secretária adjunta de Produção.
O ato ocorreu na Central de Comercialização e Abastecimento da Capital (Ceasa), localizada na Baixada do Sol, que foi tomada por caixotes com muitas frutas e verduras dos mais variados tipos.
Cadeia fortalecida
Como destacou a secretária adjunta de Produção, dois elementos são os principais beneficiados pelo programa: produtores agrícolas que vendem sua produção ao governo do Estado e entidades dos mais variados segmentos. Entre produtores e receptores dos produtos estão Elza Rodrigues da Silva e Janete Bezerra de Araújo.
Elza da Silva é produtora rural, membro da Cooperativa de Agricultores Familiares Polo Geraldo Fleming. Enquanto Janete de Araújo é responsável pela gestão da Escola João Paulo II, localizada na região da Baixada do Sol.
A gestora escolar ressalta que o Programa de Aquisição de Alimentos é fundamental para complementação alimentar dos alunos da unidade de ensino. “Não temos o acesso a muitos desses produtos ou, quando temos, é por um determinado período. Quando vem, vocês não imaginam a felicidade das crianças em chupar uma laranja, comer melancia. Fazemos purê de jerimum, de macaxeira, macaxeira frita, bolo. Essa diversidade na alimentação dá uma nova vida na escola”, completa Janete Araújo.
A produtora rural revelou que se não fosse o programa, a produção de laranja do polo teria sido perdida. Mas ela alerta que os produtores estão receosos com a redução de repasses federais para o PAA.
“Esse programa é importante demais. Nossa laranja estava se perdendo, sem falar na crise [financeira] que estamos passando. O programa chegou na hora certa esse ano. Gostaríamos que o governo [federal] e o presidente se empenhassem mais e liberasse mais verba para o PAA que ajuda o produtor, ajuda também as entidades que precisam. Esse programa não pode nem pensar em acabar”, conclui Elza da Silva.