A Assessoria Especial de Juventude do governo do Estado lançou em Cruzeiro do Sul a Brigada Jovem pela Educação Sexual, que tem como objetivo capacitar alunos para atuar no papel de formadores, de maneira a fortalecer a rede social de multiplicadores em saúde e prevenção, em escolas de nível médio.
Além de Cruzeiro do Sul, o programa está sendo executado em Sena Madureira, Feijó, Tarauacá e Rio Branco. Serão 800 alunos de 16 escolas capacitados como formadores. Também participam do programa como parceiros a Secretaria de Estado Saúde, a Secretaria de Esporte e Lazer e o Ministério Público Estadual.
A Escola Craveiro Costa foi a escolhida em Cruzeiro do Sul, exatamente por estar situada em região de bairros considerados muito carentes. O ato de lançamento do programa foi prestigiado pelos alunos e pela diretora da escola, Carla Maciel, e contou com a presença ainda do assessor de Juventude, Thiago Higino, do promotor de Infância e Juventude, Ildon Maximiano, do presidente do Conselho Estadual de Juventude, Emanuel Viana, e do representante do Conselho no Vale do Juruá, Jackson Queiroz.
Uma equipe da Assessoria de Juventude, na semana passada, já capacitou a primeira turma de 20 alunos formadores, que foram apresentados à comunidade escolar. Segundo Thiago Higino, o
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lançamento do programa é fruto do compromisso do governador Tião Viana com a juventude do Estado. Além de orientação sexual, o programa também pretende, através da conscientização, reduzir o consumo de álcool e drogas ilícitas. “Tudo isso vai contribuir para que alcancem os a transformação social nos municípios”, disse.
O promotor ldon Maximiniano elogiou a iniciativa: “Possibilita ao adolescente entender as responsabilidades e os efeitos que podem sobrevir da má vivência em relação à sexualidade e utilização de drogas e os prejuízos que podem ocorrer, e ainda estimula o protagonismo juvenil, de modo que eles possam entender e transmitir essas mensagens”.
Alerta contra o preconceito
A diretora Carla Maciel conta que foi feita uma seleção dos alunos que participam das oficinas, que acontecem durante três horas diárias no contraturno. Os alunos, segundo explicou, aceitaram muito bem os temas propostos. “Eles já tem algum conhecimento, mas é claro que precisam ser aprimorados com os conteúdos corretos e as reflexões corretas”, disse.
Sobre a homofobia, ela conta que não existe um clima de preconceito, mas algumas brincadeiras inconvenientes, e quando alguém reclama a escola interfere no sentido de que todos se respeitem. “Quando a gente observa que está partindo para algo prejudicial, como bullying, por exemplo, então a orientação fica mais forte.”
Como lutar contra a gravidez precoce? É a pergunta que a escola se faz todos os dias, segundo a diretora. “Hoje todos têm acesso à mídia, mas muitas informações são deturpadas. É preciso lutar para conscientizar os adolescentes, mas as famílias precisam ajudar”, afirma.