Ordem de serviço foi assinada nesta quinta-feira pelo governador Binho Marques
O Governo do Acre lançou nesta quinta-feira, 26, a ordem de serviço para urbanização e duplicação de 1.280 metros da Avenida Edmundo Pinto, principal via da cidade de Capixaba. A obra será executada pela construtora Ábaco sob a coordenação do Departamento de Estradas de Rodagem do Acre (Deracre) com custo de R$ 4,3 milhões em recursos do Tesouro Estadual e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES – fase 3).
O serviço será entregue em oito meses. A via será duplicada e terá quatro faixas de rolamento, canteiro central, duas faixas de ciclovia de dois metros de largura cada, além de dois canteiros laterais com largura variável. Será construído um centro comercial com vinte lojas para abrigar os comerciantes hoje instalados em um calçadão ao longo da avenida. "Muito mais que uma obra, devemos ressaltar o valor desta comunidade. Temos aqui uma região de grande potencial produtivo", disse o governador.
A mão-de-obra está sendo contratada no próprio município. Com apoio do Sistema Nacional de Emprego (Sine) cerca de 60% dos trabalhadores necessários para a obra já estão sendo empregados. A obra oferece 80 vagas.
A expectativa do prefeito Joais Santos é que ao final da obra o sistema de trânsito irá oferecer mais segurança para ciclistas e pedestres. "A cidade é cortada ao meio pela BR 317 e é aqui que tínhamos de fazer a intervenção. Vai mudar muito nossa cidade", afirmou Santos.
Com a urbanização e duplicação da Edmundo Pinto o Governo do Estado segue a política de apoiar as prefeituras na melhoria de suas vias estruturantes. "Desde 1999 o Governo vem realizando esse trabalho, o qual já foi feito em cidades como Brasiléia, Cruzeiro do Sul, Bujari, Sena Madureira, entre outras, e agora está em Capixaba e chegará a Assis Brasil", explicou o diretor do Deracre, Marcus Alexandre. Joais Santos prevê que a urbanização favorecerá ao aporte de investimentos privados na região, que busca transformar-se em um pólo de grande indústrias. "Capixaba está deixando de ser município de passagem para se tornar uma referência", disse o prefeito.
Além dos investimentos públicos, a pecuária, exploração de madeira, frutas tropicais e palmito são também de grande representatividade na economia do município. Grandes indústrias, como a Ouro Branco Madeiras e a Usina Álcool Verde, consolidam seus investimentos na região.
Estiveram presentes à cerimônia de assinatura da ordem de serviço autoridades do município, os deputados Luiz Tchê, Ney Amori, Delorgem Campos e Perpétua Almeida, lideranças comunitárias, empresários, trabalhadores urbanos e rurais.
Moradores e lideranças ressaltam avanços e melhorias
Capixaba, antiga Vila Gavião, é um município oficializado pela lei 1.027, de 28 de abril de 1992, e está situado numa Zona Especial de Desenvolvimento (ZED). Foi desmembrado dos municípios de Rio Branco e Xapuri e está situado no Baixo Acre. Encontra-se às margens da BR-317, distante 77 quilômetros de Rio Branco. No auge do extrativismo do látex, contribuiu com boa parte da produção de borracha do Estado.
Francisco Hipólito Bezerra é um dos mais antigos moradores da região. Vive em Capixaba desde os 17 anos de idade e hoje está com 62, sempre trabalhando no agroextrativismo. "No começo aqui era muito sofrimento mas devagarzinho as coisas vão melhorando", disse. "O povo capixabense merece esta obra", disse o empresário Jorge Martins, dono da Ouro Branco Madeiras, que nos últimos anos figura entre os principais exportadores do Acre e tem sede em Capixaba. "O Acre está cercado de obras por todos os quadrantes", observou o deputado Delorgem Campos. A deputada Perpétua Almeida concordou: "essa transformação, de colocar o Acre em outro patamar está acontecendo em todos os municípios".
Piçarramento no ramal Antônio Costa
Durante a assinatura da ordem de serviço da Edmundo Pinto, o governador Binho Marques anunciou que o Governo irá começar, até 20 de julho, o piçarramento do ramal Antônio Costa, um dos mais produtivos da região. De acordo com a Secretaria de Agricultura e Pecuária (Seap) moram 736 famílias naquele ramal.
Marques informou que serão construídas várias pontes e bueiras para garantir o trafego constante e seguro de veículos.