Governo lança campanha de Enfrentamento à Violência Contra a Pessoa Idosa

Encontro será nesta quinta-feira, no auditório da Secretaria de Educação, a partir das 8 horas

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O governo do Estado lança na próxima a quinta-feira, 30, a campanha de Enfrentamento à Violência Contra a Pessoa Idosa (Foto: Angela Peres/Secom)

Com o objetivo de fomentar o debate e mobilizar profissionais da área e representantes da sociedade civil a refletir e discutir sobre as formas de enfrentamento aos vários tipos de violência cometidos contra idosos, o governo do Estado lança nesta quinta-feira, 30, a campanha de Enfrentamento à Violência Contra a Pessoa Idosa.

“O encontro será uma oportunidade de mobilizar cada vez mais instituições para identificarmos a prática de violência e também intensificar as ações para diminuir o número de casos. Muitas vezes a violência é realizada de forma velada, e quanto mais informações sobre o assunto, mais eficazes serão as respostas”, destacou o secretário de Desenvolvimento Social, Antônio Torres.

Durante o seminário, serão divulgados materiais educativos, como a cartilha “Rompendo o Silêncio: Faces da Violência Contra a Pessoa Idosa”, a ser distribuída aos representantes de cada município que trabalham com idosos e que também ficará disponível na internet.

Na cartilha a violência contra o idoso é definida como ações ou omissões cometidas uma ou muitas vezes, prejudicando a integridade física e emocional das pessoas com mais de 60 anos, impedindo o desempenho de seu papel social. E traz ainda informações relacionadas aos tipos de violência, formas de prevenção e perfil da vítima e do agressor.

De acordo com uma das consultoras da cartilha, Gilzeli Vieira, uma das formas mais comum de violência é aquela relacionada à exploração imprópria ou ilegal, ou uso não consentido pela pessoa idosa de seus recursos financeiros e patrimoniais. “Nossa meta é munir as pessoas de informações para que elas possam procurar seus direitos”, lembra.

No evento, ainda serão realizadas várias atividades, como palestras, mesas-redondas, debates e divulgação de trabalhos acadêmicos sobre a temática. Para a coordenadora do Centro Dia, responsável por oferecer aos idosos atendimento especial, Francisca Pinho Cavalcante, a realização do seminário é salutar por incluir a temática no centro das discussões. “É importante que os idosos saibam dos direitos, para identificar quando eles estão sendo violados”, completou.

Respeito e qualidade de vida como forma de prevenção à violência

 

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“O encontro será uma oportunidade de mobilizar cada vez mais instituições para identificarmos a prática de violência e também intensificar as ações para diminuir o número de casos (Foto: Angela Peres/Secom)

O aposentado Pedro de Holanda Freitas, 93, conta que nunca gostou de ficar parado e quer continuar sendo independente. “Moro com minha filha e ela cuida muito bem de mim. Aqui no Centro Dia temos uma segunda família. A maior vantagem é que a gente pode conversar com pessoas da mesma idade. É um prazer compartilhar a companhia desses profissionais e amigos. A gente esquece que é velho, e vive as coisas boas”, disse.

 

O relato do senhor Pedro exemplifica a rotina das pessoas com mais de 60 anos que frequentam o Centro Dia para Idosos. Desde maio de 2001, quando o Centro foi implantado, são realizadas várias atividades de cultura, lazer, esporte e laboral com a proposta de garantir condições para preservar e estimular a independência e autonomia do idoso, além de propiciar a melhoria da qualidade de vida entre os idosos.

As atividades desenvolvidas no Centro Dia fazem parte de uma modalidade de atendimento prevista na Política Nacional do Idoso (PNI), e que no Acre é realizada pelo governo do Estado, através da Secretaria de Desenvolvimento Social (SEDS). O trabalho de proteção especial aos idosos é desenvolvido por uma equipe multidisciplinar, que inclui cuidadores de idosos, terapeutas ocupacionais, fisioterapeutas, pedagoga, psicóloga, assistente social e pessoal de apoio.

Com 83 anos, Adelaide da Silva Gomes faz parte do grupo de idosos há cinco anos. “Aqui a gente brinca, conta causos, conversa. Mando a tristeza embora e faço amigos. A convivência é muito importante para nós. Além disso, através de palestras passamos a conhecer mais nossos direitos”, conta.

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