Governo já investiu mais de R$ 20 milhões em ações de fomento à produção indígena

Dez mil mudas de açaí foram entregues para a aldeia Pinuya, em Tarauacá (Foto: Gleilson Miranda/Secom)
Dez mil mudas de açaí foram entregues para a aldeia Pinuya, em Tarauacá (Foto: Gleilson Miranda/Secom)

Neste 19 de abril, Dia do Índio, o governo do Acre celebra seu respeito e compromisso com os povos indígenas do estado investindo em ações produtivas que proporcionam garantia da segurança alimentar e geração de renda que melhoram a qualidade de vida nas aldeias. Desde o início da gestão do governador Tião Viana já foram investidos mais de 20 milhões em políticas públicas voltadas ao fomento da produção.

Para 2016, apenas em projetos da Secretaria de Extensão Agroflorestal e Produção Familiar (Seaprof), está previsto mais de R$ 1,5 milhão em diversas comunidades indígenas.

Um dos principais investimentos é a construção de uma agroindústria de polpa de frutas e doces em Marechal Thaumaturgo, que vai contemplar 27 terras indígenas dos povos Ashaninka, Arara, Kuntanawa, Jaminawa, Poyanawa, Yawanawá, Katukina, Shanenawa, Kaxinawá, Kampa, Kulina e Manchineri.

Com recursos de mais de R$ 940 mil, fruto de convênio com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a agroindústria deve ser entregue até dezembro.

“Essa agroindústria vai mudar a vida dessas terras indígenas. Com o beneficiamento das frutas e a fabricação dos doces, vai ser possível agregar valor e abrir novos mercados para a produção dessas aldeias”, explica Dinah Borges, chefe do setor de extensão indígena na Seaprof.

O governo também vai fortalecer a produção de açaí nas comunidades indígenas, com a distribuição de mudas da fruta. Só na aldeia Nova Esperança do povo Yawanawá, às margens do Rio Gregório em Tarauacá, a intenção é plantar 100 mil pés de açaí em quase 200 hectares.

Uma das comunidades beneficiadas com mudas é a aldeia indígena Nova Vida, do povo Shanenawa, em Feijó. Assis Brandão, um dos líderes da aldeia, afirma que o açaí pode se tornar a principal atividade produtiva.

“O desenvolvimento da cultura do açaí está muito grande no Acre. Vamos plantar essas mudas e queremos ampliar, porque temos a certeza de que vai mudar a nossa vida para melhor”, explica.

Mudas de frutíferas, PGTI e casas de vegetação

(Foto: Gleilson Miranda/Secom)
(Foto: Gleilson Miranda/Secom)

E os investimentos não param por aí. Também está prevista para este ano a distribuição de mais de 26 mil mudas de frutíferas, como acerola e graviola, para oito municípios onde existem terras indígenas.

Já comunidades em Feijó, Porto Walter e Tarauacá serão contempladas com a construção de 16 casas de vegetação que garantirão a segurança alimentar e nutricional das famílias indígenas por meio da produção de hortaliças.

Em Rodrigues Alves, a implantação de um Programa de Gestão Territorial Indígena (PGTI) vai permitir a construção de quatro casas de farinha e um barco de alumínio para o escoamento da produção.

“Investir na produção é a maneira de demonstrarmos o compromisso que temos com as populações indígenas. Os investimentos que vamos fazer ao longo deste ano resultarão em melhoria na qualidade de vida dos índios de todo o Acre”, destaca Glenilson Figueiredo, gestor da Seaprof.

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