Governo investe R$ 445 mil na cadeia produtiva do murmuru no Rio Juruá

O Governo do Estado entregou, no Dia do Meio Ambiente, 600 kits de coleta, um caminhão para o transporte dos produtos e a reforma da usina de extração de óleos (Foto: Sérgio Vale/Secom)

Governo do Estado entregou, no Dia do Meio Ambiente, 600 kits de coleta, um caminhão para o transporte dos produtos e a reforma da usina de extração de óleos (Foto: Sérgio Vale/Secom)

Na safra passada, Nair Fernandes Pinheiro, da Comunidade Mundurucuz, ganhou R$ 1.050 com a venda de murmuru, um coco coletado na Floresta Amazônica, na região de Cruzeiro do Sul. Para incentivar os catadores e fortalecer a cadeia produtiva, o governo do Estado entregou, no Dia do Meio Ambiente, 600 kits de coleta, um caminhão para o transporte dos produtos e a reforma da usina de extração de óleos. O murmuru está fazendo a diferença na vida dos moradores das 34 comunidades ao longo do Rio Juruá e a expectativa é de dobrar a produção atual da usina, vendendo a manteiga do murmuru para indústrias de cosméticos.

“A comunidade Nova Cintra nunca recebeu tanta atenção como neste governo. Sabemos que é preciso preservar o meio ambiente, e nós, que moramos na floresta, defendemos isso antes de todo mundo. Só que é importante ter uma fonte de renda. E o murmuru é uma forma inteligente de preservar o meio ambiente e garantir renda para as famílias que moram aqui. Não tem agressão nenhuma à floresta. O coco cai e na época certa a gente vai recolher”, disse o presidente da Associação da Comunidade Nova Cintra, Roberto Guevara.

O murmuru é o coco que está fazendo a diferença na vida dos moradores das 34 comunidades ao longo do Rio Juruá (Foto: Sérgio Vale/Secom)

O murmuru é o coco que está fazendo a diferença na vida dos moradores das 34 comunidades ao longo do Rio Juruá (Foto: Sérgio Vale/Secom)

Leia mais

Acreanas se reúnem para debater a participação feminina na Rio+20

Night Bikers plantam 150 mudas de árvores no Dia Mundial do Meio Ambiente

SEE lança Semana de Conscientização Ambiental

A casca do coco do murmuru é aproveitada na usina, que substitui a madeira como combustível para as máquinas. “No dia do Meio Ambiente nós damos mais uma demonstração de que o compromisso do governo do Estado é com a preservação das nossas floresta, mas sem barrar o desenvolvimento da economia.

Queremos trazer indústrias, agregar valor aos produtos florestais e oferecer fontes de renda alternativas para quem vive às margens dos rios”, disse o governador em exercício, César Messias.

"Queremos trazer indústrias, agregar valor aos produtos florestais e oferecer fontes de renda alternativas para quem vive às margens dos rios”, disse o governador em exercício, César Messias (Foto: Sérgio Vale/Secom)

“Queremos trazer indústrias, agregar valor aos produtos florestais e oferecer fontes de renda alternativas para quem vive às margens dos rios”, disse o governador em exercício, César Messias (Foto: Sérgio Vale/Secom)

Edvaldo Magalhães, secretário de Desenvolvimento Florestal, Indústria e Comércio (Sedens), explicou que a usina vai comprar toda a produção dos ribeirinhos e trabalhar para dobrar a produção, que no ano passado foi de oito toneladas. “A usina foi pensada inicialmente para a pesquisa e produção de óleos apropriados à fabricação de biodiesel, mas como se tornou inviável economicamente, o foco se voltou para a fabricação de óleos visando a indústria de cosméticos. E já visitamos uma grande indústria nacional convidando para que ela se instale no Acre. Nós não queremos apenas aumentar a produção, mas produzir aqui outros produtos além do óleo, agregando mais valor ao murmuru”, disse Edvaldo.

A atividade é uma renda complementar a produção extrativista e agora, assim como a borracha, terá um subsídio do governo (Foto: Sérgio Vale/Secom)

A atividade é uma renda complementar à produção extrativista e agora, assim como a borracha, terá um subsídio do governo (Foto: Sérgio Vale/Secom)

A atividade é uma renda complementar à produção extrativista e agora, assim como a borracha, terá um subsídio do governo. Segundo o secretário de Extensão Agroflorestal e Produção Familiar, Lourival Marques, o governo do Estado vai investir R$ 100 mil em subsidio para melhorar o valor pago aos coletores e garantir preço no mercado. Esse total vai beneficiar cerca de 400 extrativistas.

Galeria de imagens

Compartilhe:

WhatsApp
Facebook
Twitter