Por determinação do governador Gladson Cameli, a equipe que assumiu a administração do complexo de Sistema Assistencial a Saúde da Mulher e da Criança (Sasme) – composta pelo Hospital da Criança e a Maternidade Bárbara Heliodora – assumiu como prioridade recuperar alas e leitos dentro do sistema de atenção infantil.
Só o Hospital da Criança iniciou o ano com apenas 34 leitos de internação em enfermarias disponíveis, de um total de 60 que compõe a unidade, além das quatro semi-intensivas e dez vagas na UTI. O número baixo é resultado da deterioração de enfermarias e alas ao longo dos anos, com os espaços se tornando insalubres.
Segundo o novo gerente-geral do Sasme, o médico Wagner Bacelar, parte do Hospital da Criança se encontrava em situação lamentável, com um grande espaço no meio da unidade transformado em um depósito de entulhos e equipamentos quebrados, acumulando bastante sujeira. Num esforço conjunto com a Secretaria de Saúde (Sesacre), esse depósito foi completamente esvaziado e com todo o lixo tendo seu destino correto.
Com doações de parceiros e articulações junto à própria Sesacre e até da primeira-dama do Estado, Ana Paula Cameli, três enfermarias dentro do Hospital da Criança estão sendo reformadas, possibilitando aumentar o número de leitos e dar mais comodidade para os pacientes. Novas alas de repouso para as equipes do hospital também estão sendo organizadas.
Wagner Bacelar destaca ainda que tudo isso só foi possível junto ao setor de serviços gerais da Sesacre, já que ainda não há orçamento para licitação de obras. Ainda assim, o governador Gladson Cameli anunciou que planeja uma ampla reforma no Hospital da Criança assim que houver orçamento disponível.
“Temos toda a equipe do Hospital da Criança e da Maternidade colaborando como eu nunca vi em 28 anos de trabalho. Estão empenhados, ajudando nessa organização, dando todo o suporte e esforços para que sejamos capazes de melhorar os serviços”, conta o gerente-geral.
Maternidade é prioridade
A gestão de saúde do governo do Estado também identificou problemas estruturais e de gestão na maternidade Bárbara Heliodora. A unidade hoje está com a escala de médicos reduzida devido a um alto número de férias ao mesmo tempo, atendendo com cerca de 60% de sua capacidade. Parte da estrutura também apresenta problemas, principalmente de infiltração e goteiras.
Ainda assim, a unidade inaugurada em 1950 e que registra quase 500 nascimentos por mês receberá até o fim de janeiro um forte investimento para ampliar seu número de leitos e garantir melhorias no atendimento. O projeto será anunciado nos próximos dias pelo secretário de Saúde Allyson Bestene.