Governo intensifica ações de saúde dentro do complexo penitenciário Francisco de Oliveira Conde

A Enfermeira da Penitenciária Francisco de Oliveira Conde e a coordenadora de Saúde da Mulher da SEPMulheres, Susy Chalub, recebendo as reeducandas para realizar os exames ginecológicos (Foto: Maria Meirelles/SEPMulheres)

A enfermeira da penitenciária Francisco de Oliveira Conde e a coordenadora de Saúde da Mulher da SEPMulheres, Susy Chalub, recebendo as reeducandas para realizar os exames ginecológicos (Foto: Maria Meirelles/SEPMulheres)

A Secretaria de Estado de Políticas para Mulheres (SEPMulheres), em parceria com o Instituto de Administração Penitenciária do Acre, Secretaria de Estado de Saúde e Secretaria Municipal de Saúde, estão promovendo ações de fortalecimento da saúde sexual e reprodutiva das reeducandas da Unidade Feminina Francisco de Oliveira Conde.
Na tarde de ontem, 30, a Coordenadora de Saúde da Mulher da SEPMulheres, Susy Chalub, esteve reunida com a equipe médica da penitenciária, para auxiliar nos exames preventivos do câncer do colo do útero e de mama que estão sendo realizados em todas as mulheres reclusas na unidade.

“Nossa meta é ampliar as ações de prevenção e enfatizar a importância do uso dos métodos contraceptivos visando o planejamento familiar. Queremos promover a melhoria do atendimento ginecológico dentro da unidade carcerária. Inclusive, estamos articulando um ginecologista fixo para o posto de saúde da penitenciária”, afirmou a coordenadora Susy Chalub.

Segundo a enfermeira do posto de saúde do complexo penitenciário, Ana Maria Barbosa, a parceria formada entre os órgãos governamentais é muito importante, pois mostra a preocupação do governo com o bem-estar das reeducandas. “Entendemos a complexidade de viver aqui, enfrentada por cada uma dessas mulheres que estão pagando pena criminal, afinal, estão longe de seus amigos e familiares e acabam tendo que conviver com estranhos. Por isso é muito satisfatório participar de ações que garantem uma maior qualidade a cada uma delas”, disse.

Outras ações de saúde dentro do complexo penitenciário, previstas para a próxima semana, serão as Oficinas sobre Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST), que abordaram as formas de diagnóstico, métodos de prevenção e tratamento. Essa atividade, por sua vez, se estenderá a todos os funcionários, principalmente aos que têm o contato direto com as mulheres e homens em reclusão prisional e que podem ser agentes identificadores de DSTs.

Para a reeducanda G. C. S., 21, e mãe de dois filhos, as oficinas a respeito de saúde sexual, reprodutiva e planejamento familiar servem como instrumentos de orientação na disseminação da prevenção. “Eu só tinha feito o preventivo uma única vez e não entendia a importância de se fazer a cada seis meses. Através das informações que nós recebemos no momento em que estamos sendo atendidas pela enfermeira, aprendemos a maneiras de nos proteger para que não corramos o risco de contaminação dentro do espaço em que moramos”, disse a reeducanda.

Segundo a secretária da SEPMulheres, Concita Maia, é de grande importância que elas recebam as orientações de planejamento familiar e tenham consciência na hora de escolher seu parceiro e quais os métodos preventivos que irão aderir. “Durante a consulta médica, as reeducandas podem esclarecer todas as dúvidas quanto aos métodos contraceptivos disponibilizados na rede pública e a necessidade de usá-los, uma vez que a unidade de reclusão prisional não é local mais adequado para se conceber uma vida. Até porque, de acordo com a lei, elas só podem ficar com os bebês, nas celas, até os seis meses de idade.

Estamos unindo forças para garantir que as políticas públicas cheguem a todas as mulheres”, ressaltou Concita Maia.

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