Apesar das últimas chuvas, a situação da seca no Acre continua se agravando. Com o intuito de combater os focos de calor, especialmente na região do Baixo e Alto Acre, o governo do Estado, meio por da Comissão Estadual de Gestão de Riscos Ambientais (CEGDRA), iniciou na manhã desta sexta-feira, 2, a Operação 7 de Setembro.
A ação conta a participação do Corpo de Bombeiros, Batalhão de Policiamento Ambiental (BPA), Instituto de Meio Ambiente do Acre, secretarias de Estado de Meio Ambiente (Sema) e Saúde (Sesacre), Instituto de Mudanças Climáticas (IMC), Centro Integrado de Operação Aéreas (Ciopaer), Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
A operação tem duração de 15 dias e visa combater, principalmente, as queimadas rurais, realizadas pelos produtores.
Além disso, a ofensiva visa conscientizar a população sobre as consequências e o perigo de praticar queimadas nesse período de estiagem severa.
“Historicamente, 7 de setembro é uma data que tem muitos incêndios florestais, e nós nos preparamos com reforço a mais para combater as queimadas. Desmobilizamos o efetivo que estava para as Olimpíadas. São 50 homens e mulheres que chegam no domingo e se integram a essa operação, dando maior potencialidade às nossas ações”, frisou o comandante do Corpo de Bombeiros, coronel Carlos Gundim.
Segundo o secretário de Estado de Meio Ambiente, Edegard de Deus, o Acre vive uma situação de estresse térmico. “Em agosto, tivemos 13 dias em que a temperatura marcou 37 graus, associada a um déficit hídrico no sistema. As condições climáticas são extremamente preocupantes, por isso a gente pede à população que não queime e economize água”, orienta.
As ações de enfrentamento ao desmatamento ilegal e queimadas estão sendo protagonizadas pelo Estado desde março. Com o agravamento do período de seca, as ações são intensificadas pelos órgãos de fiscalização, é o que explica o coordenador da Defesa Civil Estadual, coronel Carlos Batista.
“Essa campanha vem para fortalecer as ações de fiscalização, com o ingresso de mais homens e viaturas, no sentido de sensibilizar a população a não realizar a prática da queima. São de conhecimento público as consequências ambientais e para a saúde que as queimadas e incêndios florestais geram”, frisou Batista.