Trinta e três produtores do pólo Wilson Pinheiro foram os primeiros beneficiados
Trinta e três produtores rurais do Projeto de Assentamento Pólo Wilson Pinheiro receberam nesta terça-feira o documento mais importante de sua propriedade: o título definitivo, a identidade da terra.
Francisco Neves e Maria Helena, moradores do projeto desde a criação do pólo, em 1999, foram beneficiados com o documento. "Quando nós chegamos aqui era só mato e taboca. Não havia nada. Para tirar a produção era preciso arrastar as caixas pela lama até a beira da estrada. Hoje nossa propriedade produz todo tipo de fruta, o asfalto chegou e o ônibus para na porta", disse Francisco. Maria Helena, a esposa, não escondia a felicidade em assinar, enfim, o documento de posse definitiva da terra. "A gente já não pensava em sair daqui, agora é pra não sair nunca mais. Eu não tenho nem palavras pra dizer o que significa assinar esse papel. É muito mais que um sonho realizado".
Segundo o diretor presidente do Instituto de Terras do Acre (Iteracre), órgão do Governo do Estado responsável por coordenar o trabalho, Felismar Mesquita, até o final do ano serão entregues 342 títulos definitivos de terras nos municípios de Porto Acre, Xapuri, Epitaciolândia, Brasiléia, Feijó, Tarauacá e Plácido de Castro.
"Esse é um trabalho que começou há quatro anos, onde o governador Binho Marques dispensou toda uma atenção para que pudéssemos entregar a identidade da terra, o documento que destaca essa área do patrimônio do Estado e integra ao patrimônio dos beneficiários", disse.
O secretário de Extensão Agroflorestal e Produção Familiar, Nilton Cosson, esteve presente à entrega dos títulos e lembrou aos produtores a importância do documento. "Nós temos carteira de identificação. Esse título é o documento de identidade da terra e serve para abrir portas juntos aos bancos e instituições financiadoras, serve para garantir o direito dos proprietários e permitir o desenvolvimento da propriedade. Aqui é a consolidação da política de assentamento florestal do nosso Governo", ressaltou.