Governo incentiva ressocialização por meio de atividades agrícolas

Com as casas de vegetação os detentos poderão trabalhar e produzir hortaliças o ano todo (Foto: Assessoria Seaprof)

Com as casas de vegetação os detentos poderão trabalhar e produzir hortaliças o ano todo (Foto: Assessoria Seaprof)

O governo do Estado, por meio da Secretaria de Extensão Agroflorestal e Produção Familiar (Seaprof), fez a entrega, nesta terça-feira, 2, de material e equipamentos para construção de duas casas de vegetação para a diretoria do presídio estadual Francisco de Oliveira Conde. O incentivo para o cultivo de hortaliças fortalecerá o programa de ressocialização do sistema penitenciário.

Um dos principais objetivos da ação é ressocializar, trazer novas oportunidades aos reeducandos, favorecendo o trabalho e dando condições para que possam desempenhar uma atividade. Os técnicos da Seaprof também vão ministrar cursos na área de avicultura para o incentivo à criação de galinha.

Segundo Rames Oliveira, diretor da Unidade de Serviço e Logística do Complexo Penitenciário, essa atividade de produção agrícola é importante também para a remissão da pena do reeducando. “De acordo com a lei de execução penal, a cada três dias de trabalho, diminui um dia da pena. A seleção dos reeducandos é feita com a assistente social do presídio”, disse.

Os apenados já trabalham com atividades de horticultura – rúcula, alface, cheiro-verde, pepino, abóbora e em breve a primeira colheita dos três mil pés de pimenta-de-cheiro. Essa é a produção dos reeducandos que é destinada ao mercado local e para o consumo. “A renda é de aproximadamente R$ 2 mil por mês, sendo investida no presídio, comprando equipamentos que venham trazer benefícios para eles mesmos”, afirmou Rames.

Também está sendo incentivada a avicultura no presídio. Inicialmente, serão entregues dois galpões – o primeiro já está sendo construído. Em seguida, receberão 100 pintos vindos da Central de Incubação, gerenciada pela Secretaria de Agropecuária (Seap). Para isso, está sendo oferecido a 20 reeducados, do regime fechado, curso de qualificação profissional na área de avicultura, com duração de 200 horas. O primeiro módulo sobre empreendedorismo já foi ministrado, faltando quatro módulos específicos sobre avicultura. “Eles vão obter conhecimentos desde as técnicas de instalação até o momento exato e correto de processamento da carne e produtos gerados pelas aves”, disse o secretário de Produção Lourival Marques Filho.

“É muito bom desempenhar essa atividade de horticultura. É um privilégio sair da cela para poder trabalhar. Além de diminuir a pena, aprendi a produzir, e hoje já sei plantar variedades de hortaliças”, disse o reeducando Ednaldo Cidrone de Oliveira.

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