O governo do Estado, por meio da Assessoria Especial Indígena e a Secretaria de Extensão Agroflorestal e Produção Familiar (Seaprof), tem incentivado a agricultura nas aldeias do Acre. Na manhã desta quinta-feira, 31, aproximadamente 500 cachos de banana, produzidos pelos índios das etnias shanenawa e kaxinawá, foram colocados à venda na Central de Abastecimento e Comercialização de Hortifrutigranjeiros (Ceasa) de Rio Branco.
Os investimentos na agricultura familiar têm sido garantidos com a elaboração dos Planos de Gestão Territorial Indígena (PGTI), que está presente em 36 terras indígenas do Acre. Carlos Brandão Shanenawa falou do incremento na produção das aldeias, já que antes o cultivo supria apenas as necessidades dos próprios indígenas. “Com esses incentivos, a gente começou a produzir para comercializar, pois antes era tudo para a nossa subsistência. Conseguimos nos organizar e temos assistência técnica e apoio para comercializar o excedente”, disse.
Zezinho Kaxinawá, assessor especial indígena, disse que os produtores têm recebido visitas constantes dos técnicos da Seaprof e estão cadastrados no Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). “Essa produção é fruto da política de fomento à produção implementada pelo governo do Estado. São recursos específicos do Banco Mundial e do Programa de Inclusão Social e Desenvolvimento Econômico Sustentável do Acre (Proacre)”, afirmou.
Os povos indígenas da regional Tarauacá/Envira já se consolidaram como grandes produtores acreanos. Os carregamentos de feijão, milho, mandioca e banana chegam à Ceasa pelo menos três vezes por semana. A produção tem atendido a demanda local, conquistado clientes fiéis e elevado o ganho dessas populações tradicionais.