Governo entrega bônus de certificação de propriedade rural a produtores do interior

Aproximadamente dois mil  trabalhadores de Manuel Urbano e Feijó são beneficiados

Produtores rurais de Manuel Urbano e Feijó receberam nesta sexta-feira, 2, a primeira parcela do bônus de certificação da propriedade rural (Foto:Gleilson Miranda/Secom)

Produtores rurais de Manuel Urbano e Feijó receberam nesta sexta-feira, 2, a primeira parcela do bônus de certificação da propriedade rural (Foto:Gleilson Miranda/Secom)

 

Produtores rurais de Manuel Urbano e Feijó receberam nesta sexta-feira, 2, a primeira parcela do bônus de certificação da propriedade rural. O bônus é no valor de R$ 500, pago em duas parcelas. Mais de 10 mil pessoas estão sendo beneficiadas com essa ação do governo do Estado em parceria com a WWF e Sky Reino Unido.

O Programa de Cerificação da Propriedade Rural que propõe “Mais produção, geração de renda e menos degradação dos recursos naturais” (Foto:Gleilson Miranda/Secom)
O Programa de Cerificação da Propriedade Rural que propõe “Mais produção, geração de renda e menos degradação dos recursos naturais” (Foto:Gleilson Miranda/Secom)

O Programa de Cerificação da Propriedade Rural que propõe “Mais produção, geração de renda e menos degradação dos recursos naturais” (Foto:Gleilson Miranda/Secom)

O secretário Meio Ambiente, Edegard de Deus, explicou que o Programa de Certificação da Propriedade Rural é uma junção da produção e da conservação do meio ambiente. “Hoje o governador Tião Viana está entregando o bônus dos produtores rurais que estão fazendo uma agricultura mais sustentável. Ao mesmo tempo em que esse produtor gera emprego e renda na sua propriedade, ele vai trabalhar também para cuidar da floresta, dos rios, das águas e dos animais”, detalhou o secretário de Meio Ambiente.

Edegard de Deus explicou que esse programa está sendo desenvolvido entre os municípios de Manuel Urbano e Feijó e isso possibilitará a inclusão dessa população, que representa mais de dois mil produtores (nos dois municípios) que estarão produzindo de forma sustentável, garantindo os aspectos básicos da proteção ao Meio Ambiente.

Produzir sem degradar

O Programa de Cerificação da Propriedade Rural que propõe “Mais produção, geração de renda e menos degradação dos nossos recursos”  é a proposta do governo do Estado por meio das secretarias de Produção (Seaprof), Meio Ambiente, Florestas, Iteracre e Imac, em parceria com Sky Reino Unido e WWF.

O representante da WWF, Dande Tavares, observa que a Organização Não-Governamental (ONG) tem atuado em parceria com o governo do Acre em muitos projetos, e no caso do Programa de Certificação a ONG acredita que a ação é uma oportunidade de garantir o aumento de produtividade das áreas com o aumento de renda.

“Consequentemente, combinam-se aumento de produtividade e renda com a preservação dos recursos naturais. Esse programa pode mostrar que é possível na Amazônia trabalhar a questão da inclusão social com a conservação da floresta. Por isso, a WWF é parceira do governo do Estado, por ser um encontro de princípios de valores”, afirmou Tavares.

Apoio a quem precisa

Os deputados Élson Santigo, presidente da Assembleia Legislativa (Aleac), e Moisés Diniz também estiveram nos municípios de Manuel Urbano e Feijó. Ambos destacaram o empenho que o governador Tião Viana tem pautado sua gestão em prol dos que mais precisam, que são as classes de trabalhadores.

“Essa é a 14ª vez que o governador Tião Viana vem a Manuel Urbano em menos de um ano de gestão. Nunca nenhum outro governador veio tanto a esta cidade, e o que impressiona e nos alegra é que todas as vezes que Tião veio aqui foi para fazer alguma entrega ou realização, seja de ruas ou de produtos para a produção. Nenhuma vez ele veio para prometer. Ele vem para fazer realizações”, pontuou o presidente da Aleac, Élson Santiago.

Moisés Diniz aponta que o maior investimento feito em Manuel Urbano é  para que os produtores permaneçam nas suas comunidades rurais, mas recebendo apoio do Estado para fortalecer a sua produção rural, sem esquecer os povos indígenas, para que eles não se desloquem até  as cidades para mendigar.

Ações que ajudam o Acre a produzir cada vez mais

O secretário de Extensão Agroflorestal e Produção Familiar, Lourival Marques, lembrou que no início do ano o governador Tião Viana fez alguns anúncios das ações que seriam realizadas em Manuel Urbano.

Governador Tião Viana também fez a entrega de bônus em Feijó (Foto:Sérgio Vale/Secom)

Governador Tião Viana também fez a entrega de bônus em Feijó (Foto:Sérgio Vale/Secom)

 

“E agora nós estamos aqui para fazer uma prestação de contas à população. Nós estamos aqui em Manuel Urbano com o Programa de Adição de Alimentos, no qual colocamos à disposição da população da comunidade rural R$ 360 mil para a compra de produção. Há ainda duas casas de vegetação para a produção de hortaliças e também a entrega de 68 mil mudas de cítricos [laranja, limão e tangerina]”, destacou o secretário Lourival Marques.

Há  ainda o compromisso da construção de 120 tanques para a criação de peixe no município e a mecanização 910 hectares de terra para produção agrícola. Desse total, já foram mecanizados 110 hectares, entre outras ações.

O senador Aníbal Diniz mostrou-se satisfeito ao ver os resultados práticos dos investimentos que o governo do Acre tem feito na produção familiar. Aníbal Diniz declarou que Tião Viana está de parabéns por dar continuidade ao programa de ativo ambiental, dando valorização ao programa por mio dos roçados sustentáveis.

“Remuneração por serviços ambientais é o caminho que pode levar à preservação ambiental das nossas florestas, e nós estamos muito certos de que as pessoas beneficiadas por esse programa vão dar muito valor a essa atitude de remunerar, pagar às pessoas pelo serviço ambiental que elas prestam”, conclui o senador.

A presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Manuel Urbano, Francisca Eudócia, disse que os investimentos feitos na região pelo governo do Estado alegram muito sua categoria.

“Quando o governador Tião estava fazendo campanha, muita gente dizia que os investimentos que ele estava falando para a gente que ia fazer na produção rural eram só promessas, e nos ficávamos calados. Mas, hoje nós estamos vendo que era tudo verdade, que ele está cumprindo com a palavra dele. E o melhor é que ele não adotou só um município. Ele adotou todo o Estado”, celebra a presidente do sindicato. 

Produtores não usam fogo para produzir

Há  quatro anos sem queimar, o produtor Davi Aguiar, de Feijó, vinha buscando alternativas para ampliar a produção sem agredir o meio ambiente. A solução chegou com o Programa de Certificação das Propriedades Rurais Familiares, que oferece um bônus de R$ 500 como incentivo às práticas sustentáveis.

“A gente não quer prejudicar o meio ambiente porque é nele que nós vivemos. Eu já estou há quatro anos sem queimar e agora com essa ajuda do povo do governo eu acredito que vai melhorar, porque é a assistência técnica chegando, é uma ajuda financeira. Sem fogo eu consegui produzir mais e melhor. É uma prova que a gente consegue proteger o ambiente que temos”, comentou o produtor, que recebeu a primeira parcela do bônus da certificação.

O governador Tião Viana comentou o bônus. “Para um bacana R$ 500 pode não ser muito, mas, para um humilde isso é muita coisa e ajuda um pai de família a comprar o que precisa”.

“Para um bacana R$ 500 pode não ser muito, mas, para um humilde isso é muita coisa e ajuda um pai de família a comprar o que precisa”, disse o governador Tião Viana (Foto:Gleilson Miranda/Secom)

“Para um bacana R$ 500 pode não ser muito, mas, para um humilde isso é muita coisa e ajuda um pai de família a comprar o que precisa”, disse o governador Tião Viana (Foto:Gleilson Miranda/Secom)

 

Dona Maria Ferreira da Silva planta macaxeira, milho, feijão. A produtora também foi beneficiada com o bônus da certificação e decidiu que agora apenas os roçados sustentáveis terão vez na propriedade. “O fogo é uma cultura muito antiga, mas ele só prejudica o meio ambiente. Com essa técnica a gente consegue produzir mais sem precisar queimar para preparar o terreno”, disse.

O prefeito de Feijó, Raimundo Pinheiro, o Dindim, participou da solenidade e agradeceu ao governador Tião Viana pelo apoio destinado à produção.

O prefeito de Feijó, Raimundo Pinheiro, o Dindim, participou da solenidade e agradeceu ao governador Tião Viana pelo apoio destinado à produção (Foto:Sérgio Vale/Secom)

O prefeito de Feijó, Raimundo Pinheiro, o Dindim, participou da solenidade e agradeceu ao governador Tião Viana pelo apoio destinado à produção (Foto:Sérgio Vale/Secom)

 

Governo compra produção de índios Kampas

O Governo do Estado compra a produção dos índios Kampas (Povo Ashaninka) do rio Envira, município de Feijó, com recursos do PAA, através do convênio 135/2010 firmado com o Ministério do Desenvolvimento Social (MDS).

“A gente produz pro nosso consumo. Não produzia mais porque não tinha pra quem vender. Chegava com a produção aqui e muitas vezes voltava com elas nas costas. Agora que o governo está dando essa ajuda, a gente quer produzir mais, incluir, além do feijão, a macaxeira, milho, inhame, batata. Isso nunca aconteceu com a gente”, disse a liderança João Marcelino Kampa, que recebeu do governo, em espécie, o valor de R$ 1.770,00 pela venda de 447 quilos de feijão peruaninho.

Com o recurso, que totaliza R$ 18 mil reais pela venda de 5 toneladas de feijão para o programa estadual Boa Compra, que garante a aquisição da produção, a comunidade indígena vai consertar motores, comprar óleo diesel e outros produtos (Foto:Sérgio Vale/Secom)

Com o recurso, que totaliza R$ 18 mil reais pela venda de 5 toneladas de feijão para o programa estadual Boa Compra, que garante a aquisição da produção, a comunidade indígena vai consertar motores, comprar óleo diesel e outros produtos (Foto:Sérgio Vale/Secom)

 

Ricardinho Kampa também voltou pra aldeia com dinheiro no bolso. Ele vendeu ao governo R$ 1.160,00 (290 quilos de feijão). “Isso é um incentivo pra gente continuar produzindo. Antes a produção estragava e agora o governo tá comprando da gente. Esse apoio a gente buscava há muito tempo e agora virou realidade”, disse.

Com o recurso, que totaliza R$ 18 mil reais pela venda de 5 toneladas de feijão para o programa estadual Boa Compra, que garante a aquisição da produção, a comunidade indígena vai consertar motores, comprar óleo diesel e outros produtos.

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