Governo e prefeitura retiram famílias de regiões alagadas em Rio Branco

Às 9 horas desta terça-feira, 26, o nível do Rio Acre era de 15,07 metros, situação que deixa muitos bairros de Rio Branco alagados. Mas uma parceria da prefeitura de Rio Branco, governo do Estado e Exército Brasileiro ajuda na retirada das famílias para que elas possam ser levadas para o Parque de Exposições Marechal Castelo Branco.

Governo do Estado, prefeitura de Rio Branco e Exército Brasileiro ajuda na retirada das famílias da áreas já algadas (Foto: Angela Peres/Secom)

Governo do Estado, prefeitura de Rio Branco e Exército Brasileiro ajuda na retirada das famílias da áreas já algadas (Foto: Angela Peres/Secom)

No local toda a estrutura para receber as famílias está montada e homens da Defesa Civil da prefeitura, do Estado e do Exército fazem o transporte de móveis e utensílios das pessoas. Vários trabalhadores da Emurb aumentam o mutirão da solidariedade. Os bairros mais atingidos são a Baixada da Habitasa, Seis de Agosto, Ayrton Senna, Taquari, Cidade Nova e Base.

Embora o nível do Rio Acre esteja alto, muitas famílias acreditam na possibilidade que as águas venham a baixar nas próximas horas e preferem aguardar para sair de suas casas. Nos bairros, a Defesa Civil, em parceria também com soldados do 4º Batalhão de Infantaria de Selva (BIS) ajudam a levar os móveis até o Parque de Exposições.

Dona Maria Oliete mora há quatro anos na Baixada da Habitasa e diz que todos os anos é obrigada a retirar seus pertences (Foto: Angela Peres/Secom)

Dona Maria Oliete mora há quatro anos na Baixada da Habitasa e diz que todos os anos é obrigada a retirar seus pertences (Foto: Angela Peres/Secom)

Dona Maria Oliete mora há quatro anos na Baixada da Habitasa e diz que todos os anos é obrigada a retirar seus pertences. Ela já pensou em vender a casa onde mora, mas diz que não há compradores. Como a alagação deste ano não está tão intensa quanto a do ano passado, ela diz que está retirando somente “o principal”.

Ao contrário de muitas famílias, ela não vai para o Parque de Exposições, mas para casa de parentes no bairro Tancredo Neves. “Temos que trabalhar e não temos onde guardar as coisas”, explica. A solidariedade dos homens da Defesa Civil em levar os móveis dos moradores até onde for necessário.

São dezenas de veículos que fazem o transporte de móveis e utensílios. Algumas equipes chegam a fazer mais de sete viagens por dia até o parque, onde já se encontram centenas de desabrigados.

 

São dezenas de veículos que fazem o transporte de móveis e utensílios (Foto: Angela Peres/Secom)

São dezenas de veículos que fazem o transporte de móveis e utensílios (Foto: Angela Peres/Secom)

Moradora da Rua Bolívia, dona Maria Oliete faz questão de agradecer o trabalho que vem sendo realizado pelas equipes da Defesa Civil. “Desde que moro aqui tive que sair todas as vezes e sempre tive a ajuda do pessoal da Defesa Civil, a quem não podemos deixar de agradecer”, diz ela.

Ao contrário dela, quem sempre vai para os abrigos montados pelo governo do Estado e pela prefeitura de Rio Branco é André da Silva Correia. Morador da Rua Venezuela, na Baixada da Habitasa, ele esperou que a água chegasse até a sua casa, tinha esperança que o nível do Rio Acre não subisse tanto.

Assim como André, Carlos da Silva Mendonça, morador da Rua Santa Terezinha, no bairro Seis de Agosto, também teve que deixar a sua casa para ir para o abrigo no Parque de Exposições. Não é o único. Depois dele, a equipe que atende o local ainda faria o transporte de pelo menos mais três famílias. “Já foram nove famílias que retiramos somente deste local”, explica um soldado do Corpo de Bombeiros que ajudava no transporte.

Um dos bairros mais atingidos pela enchente deste ano é o Taquari. Durante toda a segunda-feira, 25, dezenas de famílias aguardavam transporte para levar seus pertences até o Parque de Exposições. Dona Sebastiana Martins de Souza, moradora da Rua Baixa Verde há 23 anos, sabe exatamente o tamanho do sofrimento.

Seria pior se não fosse a solidariedade. No Taquari, até ontem (segunda), quem fazia o transporte dos móveis e utensílios das famílias desabrigadas eram os homens do Exército. Assim como muitas pessoas, dona Sebastiana torce para que o nível do Rio Acre comece a baixar ainda esta semana.

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