Governo e prefeitura anunciam medidas junto às cidades alagadas

Durante a coletiva de imprensa, o governador falou sobre as medidas tomadas para ajudar as famílias atingidas pela maior enchente do Acre (Foto: Sérgio Vale/Secom)
Durante a coletiva de imprensa, o governador falou sobre as medidas tomadas para ajudar as famílias atingidas pela maior enchente do Acre (Foto: Sérgio Vale/Secom)

O governador Tião Viana e o prefeito Marcus Alexandre realizaram na manhã desta segunda-feira, 2, uma coletiva de imprensa para falar sobre a situação das cidades acreanas alagadas, principalmente Rio Branco, que registra nesta manhã 17,79 metros, a maior cheia da história na capital. Com 40 bairros e mais de 18 mil edificações atingidas pelas águas, medidas emergenciais tiveram que ser tomadas, como a interdição das pontes do Centro e decretação de ponto facultativo nos dias 2 e 3 de março.

“É a maior cheia que se tem registro no Acre. É uma situação de grande risco para a população, de graves consequências sociais e econômicas. As medidas têm sido tomadas com toda intensidade e cuidado tanto aqui em Rio Branco pelo prefeito, como no interior, com toda a parceria do governo”, disse Tião Viana ao lembrar que mais de seis mil desabrigados estão sendo assistidos em abrigos públicos.

Elias Jorge/Seap
Imagem da área central de Rio Branco nesta segunda-feira (Foto: Elias Jorge/Secom)

O governo federal também está auxiliando. Além da liberação de R$ 3 milhões, o Ministério da Integração Nacional está enviando 17 mil kits humanitários individuais e nove kits de medicamentos já chegaram, cada um contendo mais de mil medicamentos. O governo do Estado está pedindo a redução da burocracia para poder entregar cerca de mil novas unidades habitacionais aos moradores de áreas de risco na capital, e encaminhando um pedido de duas mil novas casas para a região do Alto Acre e Tarauacá, cujas cidades precisarão passar por reestruturações.

Cidades arrasadas

Máquinas pesadas estão sendo usadas na Operação Solidária de Limpeza  (Foto: Angela Peres/Secom)
Máquinas pesadas estão sendo usadas na Operação Solidária de Limpeza (Foto: Angela Peres/Secom)

No interior do estado a situação também é preocupante. Brasileia, que teve mais de 90% de sua área urbana atingida por uma cheia histórica vive uma situação de caos após a vazante do rio. O governo do Estado mandou equipamentos pesados para auxiliar na limpeza da cidade, assim como Xapuri, que também esteve debaixo d’água com o rio apresentando vazante recentemente. As cidades de Sena Madureira e de Manoel Urbano também estão em situação preocupante com a cheia de seus rios.

O prefeito Marcus Alexandre contou que está abrindo o quinto abrigo na capital, localizado no Ginásio do Sesi. O Parque de Exposições, o Sest/Senat, o Sesc Bosque e Comara já estão com capacidade máxima no número de desabrigados pela cheia. “A maior cota registrada era da alagação de 1997, com 17,66 metros. A meia noite de ontem nós atingimos essa cota. E de ontem pra hoje o rio subiu 13 centímetros”, explicou o prefeito. A expectativa do governo é que o rio possa estabilizar na capital na noite desta segunda.

Rio Madeira

O governo desmentiu os boatos do último fim de semana de que o Rio Madeira tivesse atingido a pista da BR-364 entre Rio Branco e Porto Velho. O rio tem oscilado entre 1,20 metros e 50 centímetros para chegar até a pista no ponto mais crítico. O governador Tião Viana revelou ter recebido um dos diretores da Usina Hidrelétrica de Jirau, que garantiu que o consórcio tem aberto as comportas da usina à medida que o rio tem enchido.

O governador não descarta a possibilidade de alagação da pista. A bacia do Madeira no lado peruano tem registrado um grande volume de águas, que virão para o Brasil em breve.

Compartilhe:

WhatsApp
Facebook
Twitter