Governo e município fazem balanço da situação da dengue em Rio Branco

Na última segunda-feira, 25, o Ministério da Saúde divulgou os dados epidemiológicos da dengue no país. Segundo o levantamento, o Acre é um dos Estados que está com alta incidência da doença.

Na manhã desta terça-feira, 26, a secretária de Estado de Saúde, Suely Melo, e a secretária de Saúde de Rio Branco, Alexandrina Chaves, esclareceram à imprensa os dados divulgados. O cálculo do ministério é feito pelos números de casos notificados para cada 100 mil habitantes, e isso não reflete a realidade em Estados como o Acre, que tem população pequena.

"Cada um cuida de sua casa e o governo por sua vez precisa dar atendimento precoce e todas as condições de tratamento. Assim, vamos baixar a incidência do vetor”, disse Suely Melo (Foto: Sérgio Vale/Secom)

“Cada um cuida de sua casa e o governo por sua vez precisa dar atendimento precoce e todas as condições de tratamento. Assim, vamos baixar a incidência do vetor”, disse Suely Melo (Foto: Sérgio Vale/Secom)

“Esse cálculo é genérico, não é adequado para medir estados e municípios com número de população pequena, por isso o Acre apareceu como se estivesse em uma situação ruim. De qualquer forma, a vigilância não pode parar porque vivemos um período de chuva propício para a proliferação do mosquito”, alerta a secretária.

A secretária de Rio Branco ressaltou o apoio do governo, a contratação de 150 agentes da comunidade e a abertura de concurso para a contratação de agentes de controle de endemias, além da continuação da distribuição de tampas de caixa d’água. “Desde o dia 2 de janeiro estamos em campanha de alerta e é natural um aumento dos casos no período de chuva, mas não estamos em situação alarmante, porque não tivemos nenhum caso grave e nenhum óbito”, ressaltou Alexandrina chaves.

Nas primeiras sete semanas de 2013, Rio Branco apresentou menos casos notificados do que somente a primeira semana de 2011, quando o número chegou a 2.477 casos notificados. A primeira semana de 2013 começou com 263 casos, teve um pico na quinta semana, com 393, e uma redução de 30% para a sétima semana (que corresponde até dia 20 de fevereiro), com 273 casos notificados e apenas 11% confirmados.

“A população tem feito um ótimo trabalho cuidando da sua casa e do seu quintal, e continua sendo a nossa maior aliada para baixar esses índices. É uma responsabilidade dividida. Cada um cuida de sua casa, e o governo, por sua vez, precisa dar atendimento precoce e todas as condições de tratamento. Assim, vamos baixar a incidência do vetor”, disse Suely Melo.

Ela falou ainda da dengue tipo 4 (Den4), que pela primeira vez circula no Estado, mas esclareceu que o grau de letalidade e gravidade não é maior do que os outros tipos. “O problema é que cada pessoa só pega uma vez cada tipo de vírus, e como o tipo 4 começou a circular agora no Estado, ninguém está imunizado”, justificou. Até agora o Instituto Evandro Chagas, de Belém (PA), já confirmou dois casos desse tipo em Rio Branco.

Compartilhe:

WhatsApp
Facebook
Twitter