O governo do Estado vem trabalhando ao longo dos últimos anos vários projetos para melhoramento na qualidade de vida dos povos indígenas do Acre. A desnutrição e mortalidade infantil estão em pauta em um novo programa que visa combater à subnutrição indígena no Acre.
![Secretários de governo se reuniram com representantes do Ministério da Saúde em busca de parcerias para a execução do Projeto de Combate à Subnutrição Indígena. (Foto: Assessoria Seplan)](http://www.agencia.ac.gov.br/wp-content/uploads/2013/04/2013_04_abril_thumbnails_thumbnails_thumb_fotos_agencia080413966.jpg)
Após estudos realizados nos municípios de Jordão em 2012, que constatou um alto índice de desnutrição infantil em crianças indígenas na faixa etária abaixo de cinco anos de idade, o governo elaborou o Projeto de Combate à Desnutrição Indígena no Acre, coordenado pela Secretaria de Estado de Planejamento (Seplan) em parceria com a Fundação Nacional do Índio (FUNAI), Secretaria Estadual de Saúde, Secretaria de Meio Ambiente, Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), prefeituras e organizações indígenas.
O objetivo do programa é reduzir a mortalidade infantil nas aldeias indígenas localizadas nos municípios de abrangência dos Distritos Sanitário Indígena Alto Rio Purus e Alto Rio Juruá, através da promoção da educação em saúde e das boas práticas alimentares e nutricionais.
Secretários de governo se reuniram com representantes do Ministério da Saúde em busca de parcerias para a execução do programa. O diretor do Departamento de Saneamento e Edificações de Saúde Indígena (DSESI), Carlos Madson Reis afirma que são grandes as expectativas da parceria entre governo do Estado e Ministério da Saúde. “No Acre a gente tem uma facilidade de diálogo exatamente pela sensibilidade do governador com a questão indígena, isso não é de agora, é uma acessibilidade que vem sendo demonstrada com ações que o governo estadual está propondo. Acho que essa integração entre os entes federativos é extremamente benéfica, positiva e necessária”.
O custo geral do projeto é R$ 5.443.670 de financiamentos do Ministério da Saúde e contrapartida do governo do Estado. Mais de 2.000 crianças indígenas Campinas/katukina, Alto Purus, kampa e Isolados do Alto Rio Envira, kaxinawá do Igarapé do Pau, kulina do Igarapé do Pau, jaminawa/Envira, kulina do Rio Envira, serão beneficiadas. As principais metas e ações estão focadas na alimentação e nutrição, assistência à saúde, capacitação em educação e saúde e cuidados ambientais.
Uma medida emergencial será tomada pelas entidades envolvidas até que o projeto esteja totalmente finalizado e as parcerias firmadas, como afirma Edgarde de Deus, secretário de meio ambiente. “O projeto prevê no primeiro momento entrar com uma ação emergencial, e nós vamos trabalhar a alimentação para que as crianças e os adultos possam acessar essa comida onde está faltando, e um suplemento alimentar, distribuído pelo Unicef, que tem 15 micronutrientes e complementos nutricionais”, destacou.