Governo e Ministério da Saúde realizam ação de combate à subnutrição indígena

O governo do Estado vem trabalhando ao longo dos últimos anos vários projetos para melhoramento na qualidade de vida dos povos indígenas do Acre. A desnutrição e mortalidade infantil estão em pauta em um novo programa que visa combater à subnutrição indígena no Acre.

Secretários de governo se reuniram com representantes do Ministério da Saúde em busca de parcerias para a execução do Projeto de Combate à Subnutrição Indígena. (Foto: Assessoria Seplan)

Secretários de governo se reuniram com representantes do Ministério da Saúde em busca de parcerias para a execução do Projeto de Combate à Subnutrição Indígena. (Foto: Assessoria Seplan)

Após estudos realizados nos municípios de Jordão em 2012, que constatou um alto índice de desnutrição infantil em crianças indígenas na faixa etária abaixo de cinco anos de idade, o governo elaborou o Projeto de Combate à Desnutrição Indígena no Acre, coordenado pela Secretaria de Estado de Planejamento (Seplan) em parceria com a Fundação Nacional do Índio (FUNAI), Secretaria Estadual de Saúde, Secretaria de Meio Ambiente, Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), prefeituras e organizações indígenas.                    

O objetivo do programa é reduzir a mortalidade infantil nas aldeias indígenas localizadas nos municípios de abrangência dos Distritos Sanitário Indígena Alto Rio Purus e Alto Rio Juruá, através da promoção da educação em saúde e das boas práticas alimentares e nutricionais.

Secretários de governo se reuniram com representantes do Ministério da Saúde em busca de parcerias para a execução do programa. O diretor do Departamento de Saneamento e Edificações de Saúde Indígena (DSESI), Carlos Madson Reis afirma que são grandes as expectativas da parceria entre governo do Estado e Ministério da Saúde. “No Acre a gente tem uma facilidade de diálogo exatamente pela sensibilidade do governador com a questão indígena, isso não é de agora, é uma acessibilidade que vem sendo demonstrada com ações que o governo estadual está propondo. Acho que essa integração entre os entes federativos é extremamente benéfica, positiva e necessária”.

O custo geral do projeto é R$ 5.443.670 de financiamentos do Ministério da Saúde e contrapartida do governo do Estado. Mais de 2.000 crianças indígenas Campinas/katukina, Alto Purus, kampa e Isolados do Alto Rio Envira, kaxinawá do Igarapé do Pau, kulina do Igarapé do Pau, jaminawa/Envira, kulina do Rio Envira, serão beneficiadas. As principais metas e ações estão focadas na alimentação e nutrição, assistência à saúde, capacitação em educação e saúde e cuidados ambientais.

Uma medida emergencial será tomada pelas entidades envolvidas até que o projeto esteja totalmente finalizado e as parcerias firmadas, como afirma Edgarde de Deus, secretário de meio ambiente. “O projeto prevê no primeiro momento entrar com uma ação emergencial, e nós vamos trabalhar a alimentação para que as crianças e os adultos possam acessar essa comida onde está faltando, e um suplemento alimentar, distribuído pelo Unicef, que tem 15 micronutrientes e complementos nutricionais”, destacou.

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