Governo e indígenas se reúnem para discutir serviços ambientais

Diversas etnias participaram da Oficina de Construção da Identidade do GT indigena (Fotos: Assessoria IMC)
Diversas etnias participaram da Oficina de Construção da Identidade do GT indigena (Fotos: Assessoria IMC)

Diversas etnias participaram da Oficina de Construção da Identidade do GT indigena (Fotos: Assessoria IMC)

Diversas lideranças indígenas e instituições correlatas estiveram reunidas com representantes do IMC (Instituto de Mudanças Climáticas e Regulação de Serviços Ambientais), na Assessoria Especial dos Povos Indígenas, na terça, 26, participando da Oficina de Construção da Identidade do Grupo de Trabalho (GT) que tratará da implantação da política de incentivos aos serviços ambientais nas terras indígenas do Acre.

O diretor-presidente do IMC, Eufran Amaral, explicou que o GT é a voz dos índios envolvidos no Sistema de Incentivo a Serviços Ambientais do Acre (Sisa), canal de diálogo com comunidades indígenas. “Este grupo está estabelecendo prioridades, assessorando a Comissão Estadual de Validação e Acompanhamento do Sisa e compartilhando conhecimento”, afirmou.

Várias representações indígenas, como a Associação do Movimento dos Agentes Agroflorestais Indígenas do Acre (Amaaiac), a Assessoria Especial dos Povos Indígenas (Aepi), também a Funai, o GT Amazônia, a Rede Acreana de Mulheres e Homens (Ramh), a Comissão Pró-Índio (CPI) e a Comissão Estadual de Validação e Avaliação (Ceva) deram voz às necessidades e anseios indígenas em relação às suas terras, conservação, mudanças do clima e serviços ambientais.

De acordo com a técnica do IMC, Laura Soriano Yawanawá, o trabalho da oficina é definir a missão, o objetivo e as competências do GT Indígena para a política de serviços ambientais do Acre. “Estamos aqui para ajudar no processo de construção de um possível subprograma indígena que tratará dos incentivos a serviços ambientais para as terras indígenas”, explicou.

Para o assessor dos Povos Indígenas, José Kaxinawá, o objetivo é que as comunidades recebam as informações qualificadas e necessárias sobre o Sisa. “Então as comunidades poderão decidir se irão participar ou não. Nós também vamos ampliar a participação dos indígenas no GT, para chegar a todos os municípios e a todas as terras indígenas, de modo que todos se sintam contemplados”, salientou.

“O mais importante aqui é o diálogo. Uma pessoa que participa do GT representa toda sua comunidade”, ressaltou Fernando Rosa da Silva, cacique Katukina da Terra Indígena Campina, em Cruzeiro do Sul. “O meu recado para as outras lideranças é fazer as políticas internas das terras para poder manter a floresta em pé, para manter os animais, recompor as capoeiras. Esses são os objetivos do Sisa, que não pode ficar só aqui em Rio Branco, tem que estar em todos os municípios e em todas as Terras Indígenas.”

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