Governo e Embrapa Acre orientam produtores de polos agroflorestais sobre a cultura da mandioca Araçá

Dia de campo mostra a importância da adoção de boas práticas na hora de produzir a farinha (Foto:Assessoria Seaprof)
Dia de campo mostra a importância da adoção de boas práticas na hora de produzir a farinha (Foto:Assessoria Seaprof)

Dia de campo mostra a importância da adoção de boas práticas na hora de produzir a farinha (Foto:Assessoria Seaprof)

Com o objetivo de avaliar o rendimento da  cultivar de mandioca Araçá, a Embrapa Acre e o governo do Estado realizaram na sexta-feira, 27, em Capixaba, um dia de campo com programação especial. Além de apresentações sobre manejo e tratos culturais do mandiocal, técnicos acompanharam o processo de fabricação da farinha com boas práticas de processamento.

“A ideia é que os participantes possam verificar os bons níveis de rendimento da  cultivar Araçá, recomendada pela Embrapa para a região do Acre. A cada etapa, enfatizaremos as boas práticas de fabricação da farinha, desde a colheita até a prensagem”, afirmou a chefe adjunta do Setor de Transferência de Tecnologias, Dorila Gonzaga.

O grande diferencial da cultivar Araçá é seu alto teor de amido. “Essa característica é indispensável na fabricação de farinha, pois confere mais sabor ao produto, deixando-o também mais crocante. Outra vantagem é a alta concentração de matéria seca, ou seja, o bom rendimento da raiz na produção de farinha”, explicou a pesquisadora da Embrapa Acre, Patrícia Flores.

De acordo com pesquisas realizadas pela Embrapa em uma área de cultivo nova, o rendimento médio da cultivar Araçá é de 30 toneladas por hectare, enquanto a média brasileira de produtividade é de 20 toneladas. Esta variedade foi selecionada dentre 103 cultivares testadas no Acre.

Momento importante na atividade foi a participação da engenheira agrônoma da Secretaria de Extensão Agroflorestal e Produção Familiar (Seaprof), Palmira Oliveira na orientação sobre as Boas Práticas de Fabricação ao processo de produção de farinha de mandioca. “Este é um produto que é consumido da forma como é adquirido, sem ter que passar por nenhum tipo de tratamento para eliminar possíveis fatores que possam causar danos à saúde do consumidor”, disse.

Para Palmira Oliveira, o treinamento dos manipuladores é muito importante. “Os produtores precisam perceber a importância das Boas Práticas de Fabricação na produção de alimentos seguros. Com os treinamentos é possível racionalizar tempo, trabalho e recursos, além da garantia de uma farinha de mandioca saudável para o consumidor”, defendeu.

A farinhada marcou o encerramento do projeto “Transferência de tecnologias para consolidação dos pólos agroflorestais nos territórios do Alto Acre e Capixaba, com foco na proposta de desenvolvimento sustentável para o Acre”, que começou em 2009. O projeto possibilitou a instalação de sete unidades demonstrativas de banana e mandioca, culturas estratégicas para a agricultura familiar do estado, em cinco polos agroflorestais de Brasiléia, Xapuri, Epitaciolândia e Capixaba. No ano de 2011, cerca de 400 agricultores e extensionistas participaram das ações de capacitações sobre as culturas da mandioca e da banana.

As áreas onde foram cultivadas as variedades recomendadas pela Embrapa pertencem a agricultores familiares e foram selecionadas pelas associações. Cada unidade demonstrativa serve como ponto de multiplicação de mudas de banana e manivas de mandioca para distribuição aos produtores rurais da comunidade.

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