Governo do Estado recebe comissão para avaliar políticas sustentáveis no Acre

Comissão está no Acre com a finalidade de avaliar os rumos das políticas sustentáveis no Estado (Fotos: Assessoria Sema)
Comissão está no Acre com a finalidade de avaliar os rumos das políticas sustentáveis no Estado (Fotos: Assessoria Sema)

Comissão está no Acre com a finalidade de avaliar os rumos das políticas sustentáveis no Estado (Fotos: Assessoria Sema)

O conceito do desenvolvimento sustentável tem sido objeto de inúmeras discussões referentes aos seus conteúdos teóricos e iniciativas de concretização, realizadas através de políticas públicas alinhadas à ideia de desenvolvimento em três esferas interdependentes: econômica, social e ambiental.

Com a finalidade de avaliar os rumos das políticas sustentáveis do Acre, o governo, sob a coordenação da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, recebeu nesta quarta-feira, 16, a visita de uma comissão formada por representantes do IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), da GIZ – Brasil (Cooperação do Governo Alemão) e da CEPAL/ONU (Comissão Econômica para América Latina e Caribe).

A reunião também contou com a participação das seguintes secretarias de governo: Meio Ambiente, Saúde, Segurança, Cultura, Educação, Indústria e Comércio, além da Secretaria de Planejamento.

Com essa primeira análise, pretende-se contribuir para a evolução da implementação dessas políticas no próprio Estado, buscando as particularidades que favoreceram ou dificultaram a trajetória das mesmas, identificando, ainda, as lições que poderiam inspirar modelos semelhantes em outras regiões amazônicas. Segundo o relatório, o Acre representa um palco de experiências em direção a um modelo de desenvolvimento socioeconômico alternativo, não pautado pelo desmatamento, estando associado ao histórico e à atuação da sociedade civil, com uma série de experiências de governança e participação social.

Para José Javier Gómez, oficial de Assuntos Econômicos da Divisão de Desenvolvimento Sustentável e Assentamentos Humanos da CEPAL, o Acre é pioneiro, em âmbito mundial, ao propor um novo modelo de desenvolvimento pautado em grandes áreas de importância florestal: “Desde 1999 até agora, os resultados alcançados na área ambiental são considerados muito importantes, bem como as iniciativas sociais e econômicas”.

Ele avalia, entretanto, que é preciso incrementar ainda mais o desenvolvimento socioeconômico, diversificando a economia de base sustentável o suficiente para alavancar o crescimento industrial necessário para que o Estado dependa menos das receitas provenientes do governo federal ou de empréstimos.

“O Estado elaborou iniciativas muito interessantes, destacando o apoio e incentivo à piscicultura. Além disso, há possibilidades de inserção no comércio internacional através da Estrada Interoceânica, com mercados no Pacífico que podem absorver os produtos produzidos aqui no Acre. A ideia é seguir apoiando o setor privado, com incentivos suficientes para que ele possa se desenvolver autonomamente. É preciso angariar um maior apoio às questões sociais também. Já encontramos avanços significativos, com substanciais investimentos na educação e saúde, por exemplo, mas ainda é preciso diminuir as desigualdades sociais”, conclui.

O professor José Fernandes Rêgo, secretário de Articulação Institucional do governo do Estado do Acre, destaca que diversas iniciativas realizadas na atual gestão foram elaboradas no sentido de facultar o desenvolvimento socioeconômico de forma abrangente. “O Ruas do Povo, os incentivos aos pequenos negócios, a cadeia produtiva da piscicultura, a criação de pequenos animais e fruteiras são alguns exemplos do tipo de crescimento que estamos buscando, pois estamos realmente no caminho do desenvolvimento sustentável”, defende.

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