Objetivo é conhecer os pontos fortes e fracos do núcleo de imunização
Na manhã desta terça-feira, 24, a Secretaria de Estado de Saúde, por meio da Vigilância Epidemiológica, realizou uma capacitação para as Ações da Vigilância no Âmbito Hospitalar 2011.
Esse curso é destinado aos técnicos em vigilância epidemiológica, com o intuito de aprimorarem as notificações em casos de doenças e agravos (doenças emergentes) para ações de controle e prevenção, como explica a técnica responsável pela vigilância em âmbito hospitalar Kamila de Paula.
“O objetivo é conhecer os pontos fortes e fracos do núcleo de imunização e oferecer treinamentos aos técnicos, para que possam se sensibilizar na hora de realizarem as notificações. Desse modo, estarão sendo implementadas ações de intervenção pertinentes e eficazes”, destaca Kamila.
A capacitação dará continuidade durante toda esta semana e serão feitas visitas ao Hospital de Urgência e Emergência e aos núcleos que integram as Redes de Referência do Estado. Durante as visitas, cada profissional que atua nos núcleos será orientado para verificar como andam as notificações de casos de doenças, o número de técnicos em local de trabalho, a estrutura de equipamentos nos núcleos e o nível de sensibilização dos profissionais.
Para a realização dessa capacitação, o governo do Estado do Acre trouxe a técnica da Unidade de Vigilância Epidemiológica em Âmbito Hospitalar do Ministério da Saúde, Polyanna Cristine Bezerra, para ministrar o curso aos técnicos em vigilância de Rio Branco.
Polyanna comenta que será apresentada a portaria nº 104, de 25 de janeiro de 2011, que trata das doenças e agravos em saúde pública de notificação compulsória e estabelece fluxo, critérios, responsabilidades e atribuições aos profissionais e serviços de saúde.
“Vamos debater as perspectivas da Vigilância Epidemiológica que estão sendo discutidas pelo Ministério da Saúde, bem como atenção básica. Esse trabalho é para que os profissionais possam aprimorar as formas de fazerem as notificações compulsórias das doenças ou agravos.”
Como é feita a notificação compulsória?
Notificação compulsória é um registro que obriga e universaliza as notificações, visando o rápido controle de eventos que requerem pronta intervenção. Para construir o Sistema de Doenças de Notificação Compulsória, cria-se uma Lista de Notificação, cujas doenças são selecionadas através de determinados critérios, como magnitude, potencial de disseminação, transcendência, vulnerabilidade, disponibilidade de medidas de controle e compromisso internacional com programas de erradicação.
As informações de toda a cidade são consolidadas na Gerência de Vigilância Epidemiológica, que tem por obrigação disponibilizá-las para os profissionais de saúde e toda a população.
A notificação de uma situação anormal sempre deve ser feita, mesmo não sendo de doença ou agravo, pois muitas vezes permite identificar novos agravos e divulgar orientações importantes aos profissionais.