Governo do Estado promove o empoderamento dos povos indígenas

Cerca de R$ 3,5 milhões serão investidos em atividades que buscam a soberania alimentar das comunidades

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O Plano Operacional Anual do Proacre, ano 2011, tem um aporte de R$ 3,5 milhões, para investimento, exclusivo, em atividades que buscam a soberania alimentar dos povos indígenas (Foto: Assessoria Seaprof)

O Povo Indígena Nukini, com uma população de 258 pessoas, localizado no município de Mâncio Lima, é mais um a receber investimentos do Programa de Inclusão Social e Desenvolvimento Econômico Sustentável do Estado do Acre (Proacre).

No período de 20 de junho a 02 de julho, a equipe da Divisão de Extensão Indígena da Secretaria de Extensão Agroflorestal e Produção Familiar (Seaprof), acompanhado do Assessor Indígena José de Lima Kaxinawá (Zezinho Yube) e de Técnicos da Unidade Gerencial do Proacre  da Secretaria de Planejamento, estão percorrendo as Terras Indígenas do Vale do Juruá e Tarauacá/Envira. Nesta sexta-feira, 24, entregaram ao Povo Nukini, equipamentos agrícolas e barcos para o escoamento da produção. Esta ação faz parte do Plano de Gestão Territorial e Ambiental Indígena (PGTI) da Terra Indígena Nukini.

As ações desenvolvidas são resultado de uma série de discussões e definições de atividades, elaboradas pelos povos indígenas com apoio do Governo do Estado. “Nossa atuação enquanto governo respeita estritamente o que está dito nos PGTIs das Terras Indígenas. Dessa forma, deixamos claro nosso papel de apoiador, ao mesmo tempo fomentamos o protagonismo dos povos indígenas, o que acarretará, em médio prazo, o empoderamento das comunidades”, disse Dinah Borges, Chefe da Divisão de Extensão Indígena da Seaprof.

Na próxima semana, a equipe estará em visita aos municípios de Tarauacá e Feijó. Os Povos Indígenas localizados nos municípios já executaram boa parte das atividades elencadas nos PGTI-Proacre. Na ocasião será realizado o monitoramento e avaliação dos impactos dos investimentos feitos nas Terras Indígenas. “As ações de fomento e assistência técnica estão aliadas às orientações sobre organização comunitária. Nossos investimentos buscam beneficiar todos e interferir o mínimo possível nos costumes das comunidades indígenas”, ressaltou Lourival Marques, Secretário da Seaprof.

O Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), que prevê a compra da produção familiar e doação a entidades previamente cadastradas, será mais um programa de governo que as comunidades indígenas terão acesso. Desta feita, não como entidade recebedora, mas como entidade fornecedora da produção. O fortalecimento da produção agrícola, que durante mais de dez anos, recebe incentivos do governo do Estado, vem colhendo resultados expressivos. Em 2010, o povo Yawanawá produziu 10 toneladas de farinha, comprada pela empresa Tia Eliza. A previsão é que nesse segundo semestre o Povo Indígena Ashaninka, de Feijó, integre a cadeia produtiva de Feijão.

O Plano Operacional Anual do Proacre, ano 2011, tem um aporte de R$ 3,5 milhões, para investimento, exclusivo, em atividades que buscam a soberania alimentar dos povos indígenas e empoderamento das comunidades.   

Na busca de ajudar nas atividades produtivas e, ao mesmo tempo, não influenciar nas suas tradições e cultivos milenares, a Seaprof realiza pagamento ambiental a 76 Agentes Agroflorestais Indígenas (AAFI). Os agentes são indígenas escolhidos pelas suas lideranças, que retornam as suas aldeias, após receberem treinamento oferecido pela ONG Comissão Pró-Índio do Acre (CPI-Acre), para multiplicar as práticas agroflorestais.

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