Governo do Estado investe em qualidade de vida nas aldeias

O governo do Estado vai entregar 89 novas escolas indígenas (Foto: arquivo Secom)

O governo do Estado vai entregar 89 novas escolas indígenas (Foto: arquivo Secom)

Para melhorar a qualidade de vida dos povos indígenas, o governo do Estado tem reforçado os investimentos nas terras indígenas do Acre. Atualmente, vários projetos e programas estão em execução com o objetivo de fortalecer as práticas indígenas de manejo, o uso sustentável,  a conservação dos recursos naturais e a inclusão social.

Educação

Na educação, o governo do Estado vai entregar 89 novas escolas indígenas. Hoje, estão sendo construídas 49, num investimento de R$ 2,6 milhões. “Até o fim do ano que vem, Tião Viana fechará  seu mandato com o maior número de escolas indígenas concluídas em uma gestão”, explica Zezinho Kaxinawa, assessor Especial Indígena.

Um investimento de R$ 5 milhões será feito para a formação de professores indígenas. Em 2014, cerca de 400 professores receberão capacitação de acordo com a cultura e a tradição local indígena.

{xtypo_quote_right}Nossa aldeia foi contemplada no programa de vigilância. Ganhamos dois barcos com motores e GPS pra combater principalmente caçadores e pequenas invasões. Também tivemos investimentos na agricultura e criação de aves, reforma de açudes pra piscicultura. Esse é um governo que tem dado apoio e reconhecido o valor dos povos indígenas. Tião Viana tem trabalhado e mantido seu compromisso com um governo de portas abertas

Auricélio Xanenawa, líder indígena da aldeia Moinho Novo, Feijó{/xtypo_quote_right}

Agricultura

Os investimentos na agricultura familiar têm sido garantidos com a elaboração dos Planos de Gestão Territorial Indígena (PGTI), que está presente em 36 terras indígenas do Acre – um incremento na produção das aldeias, já que o cultivo supria apenas as necessidades dos próprios indígenas. Os índios estão organizados, têm assistência técnica e apoio para comercializar o produto excedente.

Essa produção é fruto da política de fomento à agricultura implementada pelo governo do Estado. São recursos do Banco Mundial e do Programa de Inclusão Social e Desenvolvimento Econômico Sustentável do Acre (Proacre). Muitos desses produtores estão cadastrados no Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), executado pela Secretaria de Extensão Agroflorestal e Produção Familiar (Seaprof), e recebem pela produção vendida.

Os povos indígenas da regional Tarauacá/Envira se consolidaram como grandes produtores acreanos. Carregamentos de feijão, milho, mandioca e banana chegam à Central de Abastecimento e comercialização de Hortifrutigranjeiros de Rio Branco (Ceasa) pelo menos três vezes por semana. A produção tem atendido à demanda local, conquistando clientes fiéis, e elevado a renda dessas populações tradicionais.

{xtypo_quote}O governador Tião Viana fez um planejamento voltado para os povos indígenas e tem sido popular e humilde. Minha aldeia tem sido beneficiada principalmente com habitações do PNHR. Ele tem feito muito, dado continuidade ao governo do Jorge, do Binho. É um homem que virou realmente amigo dos povos indígenas. Ainda falta muito para ser feito, mas ele tem feito aos poucos, no ritmo que é possível.

Manuel Kaxinawa, líder indígena da aldeia Pinuiá, Tarauacá{/xtypo_quote}

Habitação

Os índios acreanos também estão sendo beneficiados pelo Programa Nacional de Habitação Rural (PNHR), num investimento de R$ 14 milhões – metade do governo federal e metade do governo estadual. Só entre Cruzeiro do Sul e Feijó, são 480 casas em construção.

{xtypo_quote_left}Eu me orgulho. Esse é um trabalho que segue 24 horas por dia, mesmo sobre todas as dificuldades. Somos um povo que está feliz e renovando as esperanças. Inauguraremos agora com o governador Tião Viana uma estrutura comunitária de turismo que foi construída com apoio de todos, desde o governo aos moradores da aldeia. Isso é um olho no futuro.

Bane Huin Kui, líder indígena da aldeia do Lago Lindo, Jordão{/xtypo_quote_left}

O PNHR atende prioritariamente agricultores, extrativistas, piscicultores, ribeirinhos, povos indígenas e comunidades tradicionais. A estrutura modelo que está sendo usada nas casas contempla um espaço amplo, com varanda estruturada em madeira, mas com piso e banheiro feitos em alvenaria.

Agentes Indígenas Agroflorestais

Outro investimento importante é a formação dos Agentes Agroflorestais Indígenas. O curso é oferecido pela Comissão Pró-Índio, numa parceria com a Fundação Nacional do Índio (Funai), o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) e o governo do Estado, por meio da Assessoria Especial dos Povos Indígenas.

Pelo menos 18 turmas já foram capacitadas. O treinamento desses agentes é uma parceria da sociedade civil organizada e órgãos ligados à causa indígena. Os alunos são escolhidos pela própria comunidade, capacitados durante um mês e retornam às suas aldeias levando informações necessárias para a proteção de suas terras e manutenção do meio de vida tradicional.

Esses investimentos demonstram a preocupação dos governos para a manutenção das atividades e terras indígenas como áreas essenciais para a conservação da diversidade biológica e cultural nos biomas florestais brasileiros.

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