O início do verão do amazônico, período em que a incidência de chuvas diminui consideravelmente e altas temperaturas são registradas por conta do clima seco no Acre, potencializa a realização de queimadas urbanas e rurais. Apesar de a prática ser proibida, muitos infratores insistem e acabam colocando em risco a vida da população, destroem a floresta e contribuem com a piora da qualidade do ar.
Sempre atento à prevenção e combate aos incêndios, o governo do Acre, a partir desta época intensifica suas ações e coloca em prática uma série de medidas para evitar que os focos de calor aumentem de maneira descontrolada.
A Sala de Situação do Centro Integrado de Geoprocessamento e Monitoramento Ambiental (Cigma) já emitiu alerta de seca moderada a severa para os próximos meses. Os dados obtidos por imagens de satélite são fundamentais para o acompanhamento das regiões mais vulneráveis e tomada de decisões em tempo hábil.
De acordo com o titular da pasta de Meio Ambiente (Sema), Israel Milani, brigadas voluntárias foram formadas e equipadas em nove unidades de conservação do estado. Nos últimos anos, as florestas acreanas têm apresentado aumento no registro de queimadas, principalmente devido à intensificação de invasões em terras públicas.
“Desde 2020, todas as nossas unidades de conservação contarão com as brigadas para atuar no combate aos incêndios. Os brigadistas foram capacitados pelo Corpo de Bombeiros e os equipamentos foram doados pela WWF Brasil”, pontuou.
Milani explicou ainda que a maioria dos focos de calor é contabilizada em áreas urbanas. Em Rio Branco, a Sema, juntamente com o Instituto de Administração Penitenciária (Iapen), atua nas áreas de proteção ambiental (APAs) do Amapá e São Francisco, dois locais considerados críticos no registro de queimadas.
“A Sema disponibiliza os equipamentos e materiais necessários ao Iapen para que os reeducandos possam realizar a roçagem e aceiros nessas áreas de proteção ambiental, assim como nos seus entornos. Somente no ano passado, 2.500 hectares foram queimados em áreas urbanas”, declarou.
Operação Fogo Controlado e repressão aos ilícitos ambientais
Em junho, o governo acreano, por meio do Corpo de Bombeiros, lançou o Plano Operacional de Combate às Queimadas. Denominada de Operação Fogo Controlado, a força-tarefa envolve outros órgãos do Estado e visa prevenir, fiscalizar e combater os incêndios ambientais.
Já o Instituto de Meio Ambiente do Acre (Imac) e Batalhão de Policiamento Ambiental (BPA) atuam de maneira repressiva. Autores de desmatamentos e queimadas ilegais serão punidos de acordo com o rigor da lei. “Todos sabem que destruir a floresta é crime e não aceitaremos esse tipo de prática em nosso estado. Estamos atentos e prontos para agir”, argumento André Hassem, presidente do Imac.