Além de um novo espaço que abriga toda a entidade, a instituição terá um dos laboratórios de análise mais modernos da Região Norte
Todo o sistema que compõe a Polícia Civil do Estado do Acre vai se mudar para um único local, na Avenida Antônio da Rocha Viana, onde funcionava o antigo DABS. A inauguração do complexo será dia 21 de abril, quando também é comemorado o Dia da Polícia. Vai englobar a Secretaria de Polícia Civil, toda a sua administração, o Conselho Superior de Polícia, a Corregedoria, Setor Jurídico, Departamento de Inteligência e Departamento de Polícia Técnica Científica.
Em sua nova estrutura, a instituição também vai contar com um auditório com 121 cadeiras, além de um espaço para abrigar policiais de outros municípios em trânsito pela capital. O complexo será ligado ao Instituto Médico-Legal, que foi reformado e ampliado, passando por uma adequação de suas instalações. “O Governo do Acre está investindo para servir cada vez melhor o cidadão, e a criação dessa estrutura tão importante para todos nós é um grande passo para isso”, conta Emylson Farias da Silva, Delegado Geral da Polícia Civil.
A nova Secretaria de Policia Civil possui um espaço que é mais que o suficiente para abrigar todos os departamentos e órgãos da instituição. Além da reforma, adequação e compra de equipamentos realizados pelo governo do Acre, a instituição conta com recursos do Ministério da Justiça para a aquisição de materiais técnico-científicos. Todo o mobiliário é novo, e equipamentos periciais de última geração e alta tecnologia foram adquiridos.
Departamento de Polícia Técnica Científica
Com essa adequação, o Departamento de Polícia Técnica Científica terá um dos melhores laboratórios de perícia forense da Região Norte. Além de uma nova e moderna estrutura, o governo está investindo em treinamento dos peritos criminais de todo o Estado.
O departamento era dividido em três institutos: Criminalística, Instituto Médico-Legal e Identificação. “Como a demanda da área de Criminalística era muito grande, por possuir 19 especialidades, nós criamos o Instituto de Análises Forenses (IAF), que vai trabalhar apenas com as especialidades de microvestígios”, explica Haley da Costa, diretor-geral do Departamento de Polícia Técnico Científica.
O IAF passa então a trabalhar no ramo de biologia, química e toxicologia, antes pertencentes ao Instituto de Criminalística. E com uma grande novidade: ainda este ano, passará a trabalhar também com a análise de DNA forense, um grande avanço para a perícia criminal acreana, que nunca teve esse serviço e dependia dos laboratórios de outros Estados para realizá-lo.
Os principais equipamentos do laboratório de DNA já foram entregues. São eles: o Termociclador, que realiza o processo de amplificação do DNA pela indução de reações em cadeia da polimerase, e o Sequenciador, que realiza a leitura do DNA. Em breve, com a aquisição de outros equipamentos de menor porte e o treinamento dos peritos, esse serviço já será ofertado.
Assim, o laço temporal para resolução de crimes envolvendo a necessidade de análises de DNA diminuirá drasticamente, com conclusões corretas e margem de erros quase nula. “Nada que você não tenha certeza pode ser colocado em um laudo. Não existe o ‘eu acho’”, conta o perito criminal químico Giulliano Cezarotto.