A partir desta sexta-feira postos de atendimento ganham supervisão para evitar falta de insumos. Barral e Barral estuda formas de agilizar atendimento
Desde o início do inverno, Governo do Estado e município trabalham na ampliação de ações de prevenção, combate e tratamento da dengue. Praticamente todos os dias novos trabalhos começam a ser realizados. Nesta sexta-feira, 27, iniciou o monitoramento de insumos nos postos de saúde Cláudia Vitorino, Barral e Barral e Vila Ivonete. Uma equipe faz um estudo do material necessário para exames e tratamento da dengue e cuida para que cada local de atendimento tenha uma reserva desses materiais para que o serviço não pare ou fique mais lento por falta dele.
Também nesta sexta-feira, a direção do posto Barral e Barral se reuniu com o secretário adjunto de saúde, Sérgio Roberto, para discutir formas de aumentar a estrutura de atendimento e assim, acelerar a acolhida de quem procura o posto com suspeita de dengue. A proposta de um controle de escala está sendo estudada.
Na prevenção o número de agentes foi ampliado de 142 para tantos 255. Os últimos contratados começaram a trabalhar nesta quinta-feira, 26, indo de casa em casa para diminuir a incidência de qualquer tipo de recipiente com água acumulada nos quintais, que possibilem a reprodução das larvas do mosquito. Com esse reforço, a cada 22 dias eles encerram e iniciam novamente o ciclo de visitas a todos os imóveis de Rio Branco. 30 homens do exército também reforçam a equipe que já conta com cerca de 800 pessoas em envolvidas diretamente no combate ao mosquito e prevenção da doença.
O número de carros fumacê, que solta um produto que mata os mosquitos mais adultos, passou de 3 para 7. O que possibilita que a cada 4 dias o fumacê repita o serviço em cada bairro. Porém o atendimento não pode ser feito nos dias de chuva.
No tratamento às pessoas com a doença, desde janeiro o serviço que antes era realizado apenas no Pronto Socorro de Rio Branco foi ampliado para mais três postos de saúde: Barral e Barral, Vila Ivonete e Cláudia Vitorino. Observada a necessidade, o atendimento no Barral e Barral deixou de ser das 7 da manhã às 11 da noite e passou a funcionar por 24 horas. Já ao Pronto Socorro ficaram reservados os casos mais graves da doença.
Todas as secretarias do estado e município também foram convocadas na mobilização. Primeiro, observando seus próprios espaços e depois, dentro do serviço que cada uma realiza, ajudando na divulgação das formas de proteção contra a doença que já registra mais de oito mil suspeitas de casos em Rio Branco.
As autoridades da saúde pública do município e do Estado reconhecem que ainda há muitas dificuldades nessa luta contra o mosquito da dengue, principalmente porque o inverno ainda se estenderá por quase dois meses. "Intensificar o abate ao vetor e diminuir o número de espaços com larvas são serviços essenciais para vencer essa guerra", afirmou o secretário de saúde do município Paskal Kalil. Segundo ele, a comunidade sempre foi parceira na prevenção à dengue mas, todo cuidado é pouco já que 80% dos criadouros do mosquito estão dentro de casa e o grau de vigilância individual ainda é baixo. "É difícil mas, temos que começar a enxergar nosso próprio espaço" afirmou Kalil. E você? Já viu a sua casa hoje?