Trabalhos têm início esta semana nos municípios
O governo do Estado está definindo com as comunidades rurais as metas para o Programa de Conservação e Recuperação de Ramais e Estradas Vicinais de 2011. Numa parceria com o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), serão recuperados 7.200 quilômetros de ramais, incluindo obras de pontes e bueiros, com investimento de mais de R$ 13 milhões. Os trabalhos serão executados pelo Departamento de Estradas de Rodagem (Deracre).
As reuniões com representantes das comunidades rurais, Sindicatos dos Trabalhadores Rurais, associações de seringueiros, representantes do Incra, prefeitos e representantes do governo do Estado estão acontecendo nos municípios para definição das prioridades da cada região com relação à recuperação e manutenção dos ramais.
O secretário de Extensão Agroflorestal e Produção Familiar (Seaprof), Lourival Marques, participou de reuniões em Xapuri, Epitaciolândia, Brasileia e Assis Brasil na última semana e nesta terça-feira, 24, reúne-se em Cruzeiro do Sul e Rodrigues Alves com lideranças locais para definir os critérios e quais os ramais que receberão beneficiamento.
Os recursos do Estado são em torno de R$ 3,1 milhões e do Incra, R$ 10 milhões. Os trabalhos devem começar esta semana em alguns municípios. O Deracre vai empregar 280 equipamentos e mais de 400 homens em 22 frentes de trabalho. Serão utilizados mais de R$ 2 milhões de litros de óleo diesel.
Rosildo Rodrigues de Freitas, presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Brasileia ,disse que o trabalho em parceria soma e deve superar as demandas existentes no município. Segundo o sindicalista, cuidar bem dos recursos públicos resulta em levar realmente os benefícios aonde eles são mais necessários.
Em Brasileia, por exemplo, serão melhorados mais de 150 quilômetros de ramais, dando condições de trafegabilidade e escoamento da produção familiar para milhares de produtores. A prefeitura da cidade ganhou no início do ano a ajuda de uma patrulha mecanizada completa, composta por dez máquinas e caminhões. Os equipamentos foram entregues pelo Incra e pelo governo do Estado, que agora apoia com óleo diesel e pessoal. Epitaciolândia e Xapuri também receberam as máquinas.
O melhoramento de ramais nos municípios é essencial para o desenvolvimento das políticas voltadas para o produtor familiar. Além de melhorar ramais, o governo do Estado tem se esforçado para asfaltar as principais vias. Ainda em Brasileia, já foi concluído o asfaltamento de nove quilômetros do Ramal do 14, uma estrada que atende 30 famílias inseridas na cadeia produtiva de aves, além de outros produtores.
“Nós vamos melhorar os ramais para garantir o acesso, o escoamento dos produtos e a qualidade de vida para os nossos produtores”, disse a prefeita Leila Galvão após reunião com representantes das comunidades rurais, em que ficaram definidos quais ramais que serão beneficiados.
“O Programa de Recuperação e Conservação de Ramais, executado anualmente pelo governo do Estado em parceria com as prefeituras, também faz parte do conjunto de ações para consolidação das cadeias produtivas. No Acre são mais de sete mil quilômetros de ramais que precisam ser trabalhados todo ano”, disse o secretário Lourival Marques.
O Incra será um parceiro essencial no desenvolvimento do Programa de Conservação e Recuperação de Ramais e Estradas Vicinais deste ano. A presidente Dilma Rousseff já anunciou a liberação de R$ 10 milhões para o Acre, que serão investidos em obras de bueiros, pontes e combustível.
Manutenção necessita de entendimento
O governador Tião Viana já reuniu representantes das indústrias madeireiras e de manejo para discutir a manutenção nos ramais e garantir o acesso aos produtores. O transporte de madeira pelos ramais e estradas contribui de forma significativa para o desgaste das vias de acesso, que são reparadas anualmente pelo governo do Estado.
Muitos ramais estão asfaltados e os que ainda não receberam pavimentação têm um trabalho contínuo de recuperação. As pontes e bueiros também são muito prejudicados pelo tráfego constante de cargas pesadas.
Como resultado da reunião ficou o entendimento entre governo, manejadores e madeireiros para que os produtores não sejam prejudicados. “O governo tem investido milhões de reais em ramais todos os anos e é preciso haver um entendimento. Os ramais e as pontes não comportam um tráfego pesado de caminhões. Eles são estruturados para atender a demanda da produção agrícola”, disse o diretor do Deracre, Marcus Alexandre.