Governo do Acre viabiliza transporte aéreo de órgão de Rondônia para realização de transplante na Fundhacre

Mais uma cirurgia de transplante de fígado foi realizada nesta sexta-feira, 14, na Fundação Hospital Estadual do Acre (Fundhacre), quando o doador, 25 anos, procedente de Porto Velho (RO), foi notificado pela Central Estadual de Transplante como compatível para um paciente em estado grave que aguardava no topo da fila de espera por um fígado.

Por intermédio de voo particular, Governo do Acre viabiliza transporte de órgão de Porto Velho (RO) para a realização de transplante de fígado na Fundhacre. Foto: Gleison Luz/Ascom

Prontamente, a equipe de transplantes do Acre se deslocou para realizar a cirurgia de captação em Porto Velho, que teve início por volta das 16h, do dia 13, porém com uma logística aérea inviável, extremamente desfavorável, devido à falta de voo comercial e à impossibilidade da Força Aérea Brasileira (FAB), no momento.

Diante de tal dificuldade que inviabilizaria todo o processo, o governo do Acre viabilizou, por intermédio de voo particular, o transporte do órgão de Porto Velho para Rio Branco.

Equipe de transplante na captação do órgão em Porto Velho. Foto: Gleison Luz/Asscom Fundhacre

“O governo, juntamente com a Fundhacre, não mede esforços para que ocorram os transplantes hepáticos, sabendo a importância da sobrevida desses pacientes e a qualidade de vida que o serviço proporciona a cada um deles”, salienta o diretor assistencial Evandro Teixeira.

A equipe e o fígado chegaram no Acre por volta das 20h40 desta quinta-feira, 13, e no centro cirúrgico uma segunda equipe já iniciava o procedimento do receptor J.M.S, procedente de Sena Madureira, 34 anos, portador de CH VHB + Delta, o qual encontrava-se em estado grave, internado há duas semanas e aguardando no topo da fila, devido a gravidade do quadro clínico, por um fígado compatível.

O transplante é um processo complexo que envolve as mãos de muitos profissionais. Foto: Gleison Luz/Ascom Fundhacre

“Muita alegria em realizar mais um transplante de fígado na nossa unidade. Só temos a agradecer a Deus pelo privilégio de salvar vidas que necessitam por meio do nosso serviço. O transplante é um processo complexo, que envolve as mãos de muitos profissionais. O que mais nos motiva, enquanto equipe, é poder acompanhar a recuperação dos nossos pacientes”, comenta a coordenadora de transplantes, Valéria Monteiro.

A cirurgia de transplante foi um sucesso e teve fim por volta das 2h30 desta sexta, 14. O receptor segue em recuperação, aos cuidados da unidade de terapia intensiva da Fundhacre. Esse é o décimo primeiro transplante de fígado do ano. Desde o início do programa já foram realizados 73 procedimentos.

Esse é o décimo primeiro transplante de fígado do ano. Desde o início do programa já foram realizados 73 procedimentos. Foto: Gleison Luz/Asscom Fundhacre

“Quando recebi a notícia que meu esposo ia ser transplantado eu não estava aqui, estava em Sena Madureira. Naquele momento eu me ajoelhei e louvei a Deus. Eu nunca senti uma emoção tão grande como naquela noite. Eu creio que agora inicia uma nova vida. Gratidão a cada um. Nossa luta não foi fácil”, destaca Vanessa Silva de Lima, esposa do receptor do transplante de fígado.

Compartilhe:

WhatsApp
Facebook
Twitter