Governo do Acre, Prefeitura de Rio Branco e Ministério Público se unem para prestar assistência às pessoas com deficiência em enchentes

O Rio Acre continua acima da cota de transbordo e na manhã desta quarta-feira, 28 de fevereiro, atingiu 16,45 metros em Rio Branco, deixando 914 pessoas desabrigadas, 567 desalojadas e 34 bairros atingidos na capital. Em meio a essa situação crítica, crianças, idosos e pessoas com deficiência estão sendo priorizados nas ações de assistência.

Rio Acre continua acima da cota de transbordo e na manhã desta quarta-feira, 28, atingiu 16,45 metros em Rio Branco. Foto: Odair Leal/Sesacre

Com esse intuito, o governo do Estado, por meio da Secretaria de Saúde do Acre (Sesacre), em parceria com a Prefeitura de Rio Branco e o Ministério Público do Acre, têm concentrado esforços na assistência às pessoas com deficiência afetadas pela enchente. A Escola Chico Mendes, localizada no Bairro Santa Inês, foi escolhida como local de abrigo para essas pessoas, em substituição ao Parque de Exposições, para onde já foram realocadas seis famílias.

Estado, Prefeitura de Rio Branco e o Ministério Público do Acre têm concentrado esforços na assistência às pessoas com deficiência desabrigadas pela enchente. Foto: Odair Leal/Sesacre

Caroline Silva, 23 anos, mãe do pequeno E.S. de 4 anos, diagnosticado com síndrome de Down e autismo, compartilhou sua experiência durante este período desafiador: “Estar em um lugar que não tem barulho e junto dos pais trouxe ao meu filho adaptação para enfrentar esses dias com as cheias do rio”. Esta sensibilidade às necessidades específicas das pessoas com deficiência tem sido uma prioridade nessas ações de assistência.

Crianças com TEA, afetadas pela enchente, abrigadas na Escola Chico Mendes. Foto: Odair Leal/Sesacre

Por outro lado, o pai da pequena Felícia Pereira, de dois anos e meio, Arilson Pereira, 54, morador do Bairro 6 de agosto, ressaltou que a filha está mais calma na escola, não tendo nenhuma crise, e tem brincado com outras crianças. Arilson destacou a importância desses esforços conjuntos: “É um alívio ver que o Estado, a prefeitura e o Ministério Público estão trabalhando juntos para garantir o bem-estar das pessoas com deficiência nesse momento difícil. Isso nos dá esperança de que nossas famílias estão sendo cuidadas adequadamente”.

Arilson Pereira, morador do Bairro 6 de agosto e pai da Felícia. Foto: Odair Leal/Sesacre

Em meio às preocupações de saúde geradas por alagamentos, especialmente para aqueles com necessidades específicas como pacientes com autismo, é crucial coordenar as demandas.

Coordenadora Estadual da Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência da Sesacre, Soron Steiner. Foto: Odair Leal/Sesacre

“Nosso objetivo é fornecer uma melhor assistência para as famílias de pessoas com deficiência. É reconfortante ouvir que houve uma melhoria significativa no bem-estar das crianças com transtorno do espectro autista (TEA) desde a mudança do parque de exposições para o abrigo. Entendemos a importância de um ambiente mais calmo e especializado para atender às necessidades específicas dessas crianças e de suas famílias”, frisou a coordenadora estadual da Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência da Sesacre, Soron Steiner.

Sara Modesto, coordenadora do abrigo na Escola Chico Mendes, pela Secretaria Municipal de Assistência Social e Direitos Humanos (SASDH) de Rio Branco. Foto: Odair Leal/Sesacre

Para Sara Modesto, coordenadora do abrigo na Escola Chico Mendes, a Secretaria Municipal de Assistência Social e Direitos Humanos (SASDH) de Rio Branco está fornecendo apoio às famílias que foram remanejadas do Parque de Exposições para o abrigo, devido a questões relacionadas ao espectro autista. “Estamos garantindo que essas famílias recebam o suporte necessário, incluindo acolhimento, alimentação, atendimento à higiene e assistência à saúde”, salientou.

“A iniciativa de transferir às famílias reforça a importância das ações de atenção especial para pessoas com deficiência, especialmente as pessoas com TEA. Desde o início, participamos das articulações para implementação do abrigo, que tem as condições adequadas para esse público”, Ocimar Sales Júnior, promotor de Justiça.

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