Entre os dias 19 e 21 de junho, representantes do governo do Acre participaram do seminário “Água para quem precisa: garantia de acesso à água para consumo humano com qualidade em situação de estiagem e seca”, promovido pela Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde. O evento, realizado em Belém, no Pará, contou com a presença de autoridades e especialistas de diversas regiões, visando discutir soluções sustentáveis para a gestão dos recursos hídricos em meio às mudanças climáticas.
Diante dos fenômenos extremos de seca e cheias que assolam a região amazônica, a manutenção do abastecimento de água de qualidade tornou-se uma prioridade para promover a saúde da população. Representando o Acre, estiveram presentes Daniela Tamwing, diretora de Planejamento e Projetos de Saneamento do Serviço de Água e Esgoto do Acre (Saneacre), o engenheiro sanitarista Yves Brito, e a assistente social Regina Claudia de Castro, ambos da Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre).
Daniela Tamwing teve a oportunidade de palestrar no evento, onde destacou as ações do governo do Estado do Acre por meio do Saneacre na resposta aos eventos climáticos extremos e seus impactos na oferta e qualidade da água para consumo humano. “Tivemos a oportunidade de compartilhar nossas experiências frente à seca prolongada e cheia no ano de 2023, bem como atuamos para garantir o acesso à água potável durante esses fenômenos e quais as ações da gestão para mitigar os efeitos dessas crises em 2024. É um evento muito importante para partilharmos conhecimento e alinhar com os estados da região Norte e Nordeste estratégias de enfrentamento às mudanças climáticas”, comentou Tamwing.
Regina Claudia de Castro, coordenadora estadual do Programa Nacional de Vigilância em Saúde dos Riscos Associados aos Desastres (Vigidesastres), enfatizou a importância da cooperação entre diversos órgãos. Durante sua palestra, discutiu o enfrentamento de desastres ambientais, como inundações e secas prolongadas, e o aumento expressivo de doenças sazonais. “A cooperação mútua entre as instituições e a elaboração de estratégias para diminuir os efeitos dos eventos climáticos de seca e cheias ajudam o poder público a dar melhores respostas à população e diminuir a vulnerabilidade social das pessoas”, afirmou.
Yves Brito, coordenador estadual do Programa Nacional de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano (Vigiágua), explica que água e saúde são assuntos transversais, onde o período de estiagem colabora para o aumento significativo de doenças. “Considerando o prognóstico referente aos eventos climáticos para esse ano, e que esses eventos aumentam a probabilidade de infecções e doenças de veiculação hídrica, a Vigilância apresentou como ela se articula interinstitucionalmente para mitigar esses problemas, principalmente quanto ao monitoramento da qualidade da água para consumo humano”, explicou Brito.
O seminário proporcionou uma plataforma essencial para a troca de conhecimentos e a formação de estratégias conjuntas entre os vários estados participantes. As discussões ressaltaram a necessidade de ações coordenadas e inovadoras para enfrentar os desafios impostos pelas mudanças climáticas, garantindo, assim, a saúde e o bem-estar das populações afetadas. A participação ativa do Acre reforça o compromisso do Estado em buscar soluções eficientes e sustentáveis para a gestão dos recursos hídricos e a manutenção do saneamento e da qualidade de vida da população em tempos de crise.