Proposta prevê aumento da produção na cadeia do dendê com inserção da Agricultura Familiar
Aconteceu na manhã desta terça-feira, 8, na Secretaria de Extensão Agroflorestal e Produção Familiar (Seaprof), um encontro entre representantes do governo do Acre, Ministério do Desenvolvimento Agrário e do Programa Nacional de Biodiesel. A proposta é expandir o programa para o Acre, como parte do plano de trazer ainda mais a política de produção do biodiesel para a Região Norte através da cultura do dendê, além de inserir no âmbito estadual o projeto da Agricultura Familiar.
Luiz Humberto Silva, coordenador do programa de Biodiesel na Região Norte, visita o Estado e apresenta para a equipe de governo as propostas do plano nacional de instalação das políticas do biodiesel para a região. “Discutimos como matriz produtiva o dendê e a instalação da sua produção aqui na Região Norte. A ideia é crescer, mesmo porque é a região com maior área para produção de agricultura no Brasil”, explica Silva.
Nos últimos anos, o governo do Estado reforçou sua política de reflorestamento e dentro dessa proposta o dendê tem um importante papel devido ao seu potencial para a produção do biodiesel. “Hoje estamos estudando parcerias com o Ministério do Desenvolvimento Agrário e empresas interessadas em produzir biocombustível”, conta o secretário de Floresta, João Paulo Mastrângelo. “Essa é uma das prioridades do governo do Acre para os próximos anos.”
O secretário adjunto da Seaprof, Humberto Antão, reforça que a política de produção do biodiesel será tratada como prioridade pelo governador Tião Viana junto à inserção do programa de Agricultura Familiar em todos os projetos de desenvolvimento do Estado. “Você tem uma produção ligada à indústria, uma agregação de valores. Temos a produção do dendê, que será entregue à indústria para ser processado e consequentemente gera uma maior renda para o pequeno produtor”, explica Antão.
O que é biodiesel?
Biodiesel é um combustível biodegradável derivado de fontes renováveis, que pode ser obtido por diferentes processos como o craqueamento, a esterificação ou a transesterificação. Esta última, mais utilizada, consiste numa reação química de óleos vegetais ou de gorduras animais com o álcool comum (etanol) ou o metanol, estimulada por um catalisador. Desse processo também se extrai a glicerina, empregada para fabricação de sabonetes e diversos outros cosméticos. Há dezenas de espécies vegetais no Brasil das quais se pode produzir o biodiesel, como mamona, dendê (palma), girassol, babaçu, amendoim, pinhão-manso e soja.
O biodiesel substitui total ou parcialmente o óleo diesel de petróleo em motores ciclodiesel automotivos (de caminhões, tratores, camionetas e automóveis) ou estacionários (geradores de eletricidade e calor). Pode ser usado puro ou misturado ao diesel em diversas proporções.