Governo do Acre apoia ações em auxílio às famílias atingidas pela cheia do Iaco em Sena Madureira

O governo do Acre vem apoiando ações em auxílio às vítimas da enchente do Rio Iaco e seus afluentes: Macauã e Caeté, em Sena Madureira, localizada a 144 km de Rio Branco. O Iaco atingiu a cota de transbordamento, de 15,20 m, na última quinta-feira, 29, com pico de cheia registrado na manhã desta segunda-feira, medindo 16,56 m. Estima-se que três mil pessoas estão afetadas somente na zona urbana do município.

Reunião alinhou ações estratégicas e competências entre Estado, Município e governo federal no gabinete do prefeito. Foto: Jean Lopes/Emater

Segundo o Corpo de Bombeiros Militar do Acre (CBMAC), mais de 916 pessoas estão em nove abrigos oficiais, assistidas diretamente pela prefeitura. Para abrigar famílias que precisaram deixar suas casas, foi cedida a estrutura de quatro escolas estaduais. Os bairros Vitória, Pista, Bom Sucesso e Niterói – este último no Segundo Distrito – foram os mais atingidos pela cheia do Rio Iaco e pelo represamento de igarapés. Em toda a zona urbana, 11 regiões estão afetadas pela subida do nível das águas.

O titular da Secretaria de Estado de Indústria, Ciência e Tecnologia (Seict), Assurbanípal Mesquita, foi designado para acompanhar a situação. Em reunião no gabinete do prefeito Mazinho Serafim na manhã desta segunda-feira, 4, Mesquita lembrou que o momento é de união entre as instituições públicas, para minimizar os impactos das cheias.

“A determinação do governador Gladson Cameli é de alinhar ações entre Estado, Município e o governo federal, no sentido de otimizar recursos e traçar estratégias que possam atender o maior número de necessitados”, informou o secretário.

Secretário Assurbanípal Mesquita, ao lado do prefeito Mazinho Serafim, vistoriando áreas alagadas no centro de Sena Madureira. Foto: Jean Lopes/Emater

Mesquita destacou que o governo do Estado se fez presente desde o momento emergencial da cheia do Iaco, por meio do apoio logístico dado pelo Corpo de Bombeiros Militar do Acre, o Deracre e as secretarias de Obras e de Educação. Mais de 180 servidores voluntários, sete barcos e dois caminhões compõem a estrutura de apoio ao município.

O prefeito Mazinho Serafim destacou a importância da participação do Estado no período pós-alagação: “Com a vazante, vêm muitas demandas, as famílias precisam voltar para suas casas com segurança estrutural e garantia de saúde pública. O nosso pedido é de apoio para a limpeza emergencial e revitalização dos bairros atingidos”.

Vazante

O Corpo de Bombeiros afirmou que o Rio Iaco iniciou processo de vazante no Igarapé Cafezal. Em 12 horas, o manancial apresentou 6 centímetros a menos, saindo de 16,55 para 16,49 m, às 6 horas desta terça-feira.  Em reunião de trabalho na sede da Secretaria Municipal de Cidadania e Assistência Social, representantes do Município e gestores do Estado iniciaram o levantamento das necessidades para o retorno das famílias às suas casas.

Quatro bairros foram mais afetados com a cheia do Rio Iaco e o represamento de igarapés em Sena Madureira. Foto: Jean Lopes/Emater

A previsão dada pelo primeiro-tenente CBMAC, Gustavo Marinho, de retorno das famílias às suas casas, é para quando o nível do Iaco voltar à cota de 14 m. “Isso depende do comportamento do nível do Rio Purus, que continua enchendo na região de Manoel Urbano. Precisamos aguardar o represamento na foz do Purus com o Iaco para analisarmos os próximos passos. Às 3 horas da tarde, o Iaco apresentou vazante de um centímetro”, relatou.

Zona rural

Um levantamento dos impactos das cheias na zona rural será feito no período pós-alagação. Na região agrícola, há previsão de perdas superiores ao ano passado. Outras demandas, como a doação de sacolões, kits de limpeza e insumos para recuperação de ruas estão sendo levadas para solicitação ao programa Juntos pelo Acre.

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