Governo desarticula esquema criminoso de venda de casas

Policiais apreenderam computadores e documentos que possam conter informações criminosas (Foto: Cedida)
Policiais apreenderam computadores e documentos que possam conter informações criminosas (Foto: Cedida)

O governo do Estado, por meio da Secretaria de Polícia Civil, deflagrou na manhã desta terça-feira, 26, a segunda fase da Operação Lares. Quatro pessoas foram presas preventivamente, entre elas o coordenador de Planejamento, da Secretaria de Estado de Habitação e Interesse Social (Sehab), indiciados pelos crimes de corrupção ativa e estelionato, podendo ser condenados de um a oito anos de prisão.

Com as prisões o governo desarticulou o esquema criminoso de venda de casas populares.“O compromisso do Estado e a diretriz do governo é que sejamos intransigentes e implacáveis quando se tratar de crimes de corrupção. Nossa postura sempre será dura, de enfrentamento a qualquer tipo de ação que venha corroer os cofres públicos. Quando o governador teve acesso às suspeitas, ele pediu a apuração com o maior rigor possível”, aponta o secretário de Estado de Segurança Pública, Emylson Farias.

Dos quatros indiciados, dois ocupavam cargos públicos e foram exonerados das suas funções. Os investigados também tiveram os bens móveis [veículos e motocicletas] sequestrados e ficarão sub judice  (em mãos de um juiz ou tribunal, aguardando determinação judicial). Além das prisões, os policiais cumpriram seis mandados judiciais de buscas e apreensões, nos bairros Universitário, Floresta e Belo Jardim.

“A fraude estava acontecendo no processo de indicação das pessoas ao Programa Nacional de Habitação. Quem vendia [as casas] tinha um elo com uma ex-servidora da Sehab, que passava toda a documentação para esses atuais servidores, que montavam os processos socioeconômicos e inseriam informações falsas”, explicou o delegado do caso, Roberth Alencar.

Entenda a investigação

Iniciada em dezembro do ano passado, a Operação Lares já ouviu mais de 100 pessoas e identificou a venda de 40 unidades habitacionais do programa Minha Casa, Minha Vida. Sessenta pessoas envolvidas no esquema foram indiciadas.

“Nós encaminhamos documentação à Segurança Pública e à Polícia Civil, que gerou o início dessa investigação. A operação foi se desenrolando e todas as informações necessárias, encaminhadas para o delegado do caso. Estamos aqui com o compromisso de que o combate será independente de qual sejam os agentes. Uma instituição séria precisa ter a coragem de cortar na própria carne”, pontuou o gestor da Sehab, Jamyl Asfury.

Por meio da Operação Lares, o Estado visa desarticular uma organização criminosa de comercialização e “legalização” do acesso às unidades habitacionais do programa federal de habitação Minha Casa, Minha Vida. 2

 

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