Em visita na última semana, uma equipe do governo de Minas Gerais esteve no Acre para conhecer experiências de desenvolvimento sustentável e agricultura familiar. O governador Tião Viana recebeu o subsecretário de Agricultura Familiar mineiro Lázaro dos Reis e a diretora de Pesca Isabella Resende.
Eles visitaram os empreendimentos Peixes da Amazônia, Dom Porquito, Cooperacre e Natex. Ainda conheceram as experiências do programa Floresta Plantada, na comunidade Seringal Cachoeira, e o beneficiamento de farinha de mandioca na propriedade do Raimundo Nonato, o Gú, em Xapuri.
A equipe mineira foi acompanhada pelo secretário de Extensão Florestal e Produção Familiar (Seaprof) João Thaumaturgo Neto, junto do diretor de Produção Familiar da Seaprof, Paulo Brãna, e o chefe do programa Floresta Plantada, Ademir Batista.
“O governo de Minas Gerais vem ao Acre buscar algumas experiências que possam ser replicadas no modo de pensar a agricultura familiar e o desenvolvimento sustentável. Principalmente nas ações ligadas ao extrativismo, como também as ligadas à área pesqueira”, explicou Lázaro.
O subsecretário falou ainda que, por mais que a distância entre os dois estados seja grande, e tenham biomas diferentes, existe um elo que é identificado entre as duas gestões. “Por mais que estejamos em regiões diferentes, conseguimos dialogar porque damos a mesma importância para os saberes tradicionais, para o povo”, disse.
O governo mineiro, segundo Lázaro, busca alternativas para o desenvolvimento das comunidades agrícolas e extrativistas, que antes não tinham muito espaço nas políticas públicas. “A gente reconhece que esses anos de governo têm estruturado o Acre, com experiências relevantes para pensar a agricultura. Minas Gerais vê as parcerias público-comunitárias, existentes aqui e já consolidadas, como algo fundamental para implementarmos no nosso cerrado, quanto nas mais diversas áreas que têm potencial de piscicultura e pesca”, declarou.
Setor que produz no Acre
Desde 2011, o governo Tião Viana tem aportado no setor produtivo grandes investimentos e apoio organizacional, seja para implementação de indústrias agroflorestais ou no desenvolvimento de atividades para fortalecer o agricultor familiar. Ao todo já foram alocados para o setor mais de R$ 500 milhões, sendo que só em 2017 estão sendo investidos mais de R$ 170 milhões.
Fruto disso, além da consolidação do modelo econômico sustentável do estado, é a evolução da renda da população acreana. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a renda per capita no Acre aumentou para R$ 761.
Ainda segundo o IBGE, o Acre é quarto estado do país com maior crescimento acumulado do Produto Interno Bruto (PIB). No estudo, o Acre apresenta o aumento de 81,2% de sua economia entre 2002 e 2015.
“De forma organizada, o governo está fomentando a produção primária de subsistência e também de larga escala, para que as indústrias implementadas possam finalizar o processo de geração de renda para o setor rural. Do pequeno ao grande, a produção rural está se tornando um ótimo negócio”, ressaltou o titular da Seaprof, João Thaumaturgo Neto.