Governo cria fundação para estimular a pesquisa no Estado

A reforma administrativa aprovada por parlamentares na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac) possibilitou ao Estado ampliar os investimentos na área de apoio à pesquisa. Para isso, foi criada a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado Acre (Fapac) que será vinculada a Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia (Sect).

O presidente da Funtac (Fundação de Tecnologia do Acre), Luiz Augusto Mesquita, explica que com a criação da Fapac o Estado passa a ter uma entidade vai dedicar-se ao fomento da pesquisa científica.

“A fundação era uma reivindicação da classe de pesquisadores. Apenas o Acre e Roraima não tinham uma. Antes da criação da fundação a Funtac fazia esse papel, mas não trabalhava exclusivamente para isso. A Fapac vai trabalhar exclusivamente na área de projetos de pesquisa, bolsas, doutorados. Isso vai estimular a pesquisa no Acre”, destaca Mesquita.

O texto aprovado pela Aleac reforça o que disse Luiz Mesquita “É público e notório que o Estado Brasileiro, assim como o Estado do Acre, chega ao estágio de desenvolvimento que reclama maior capacidade tecnológica e científica para fazer face aos grandes desafios de competitividade e posicionamento de espaço no mercado mundial, o que nos afeta diretamente”.

O chefe-geral da Embrapa no Acre (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), Judson Valentim disse que a criação da instituição no Estado alinha-se a tendência nacional de investimentos nas áreas cientifico e tecnológica.

“A Fundação de Amparo à Pesquisa é extremamente importante para o Acre que carecia de investimentos neste setor”, pontua.

O texto que propôs a instituição da Fapac, por fim, ressalta que há tempos atrás outras instituições foram criadas e hoje contribuem com a sociedade como: Instituto Bacteriológico, fundado em São Paulo, em 1892, o Instituto de Manguinhos (hoje Osvaldo Cruz), criado no Rio de Janeiro em 1901, o Museu Paulista, fundado em 1893, cujo primeiro diretor foi um zoólogo alemão e o Instituto Biológico de São Paulo, criado em 1928.

“O Acre criará pesquisadores locais e regionais, e produzirá conhecimento especializado com fins ao autoconhecimento e orientação de suas ações estatais, bem como viabilizará ampliação do olhar voltado para os problemas locais e regionais do Acre, com respeito as suas peculiaridades”, justifica o texto da proposta.

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