O governo do Acre tem buscado conhecer os diversificados sistemas produtivos rurais utilizados no estado, para nortear investimentos em políticas públicas capazes de impulsionar o desenvolvimento e gerar melhorias para o homem do campo.
Para conhecer avanços e carências dos trabalhadores rurais em suas localidades, nos últimos dias o secretário de Produção Edivan Azevedo, vem cumprindo agenda nos municípios do Vale do Juruá.
A agenda se iniciou por Mâncio Lima, para conhecer a empresa Norte Hortifruti, em comitiva composta pelos também secretários Anderson Abreu, de Ciência e Tecnologia, e Victor Bonecker, de Desenvolvimento Regional. A indústria processa polpas de buriti, açaí, graviola e manga, e realiza a extração de óleos fixos de buriti e açaí.
O sistema inclui ainda o processamento da macaxeira (crua, pré-cozida, purê e petisco), com matéria-prima vinda da Coopervale, que tem mais de 150 associados originários da agricultura familiar e extrativista.
Nesse primeiro dia de agenda, realizada no último sábado, 26, também houve adesão de comitiva do Sebrae, liderada por Francinei Santos e Éder Frank dos Santos, representando a Superintendências Federais de Agricultura (SFA/AC).
A comitiva conheceu ainda a agroindústria da Coopfrutos, que extrai óleos de buriti, de açaí e de patoá. O resíduo da extração, em forma de torta (resíduo da extração fervido), é comercializado para produção de ração animal e os caroços retornam aos extrativistas para serem semeados, garantindo a continuidade da espécie.
No domingo, 27, a agenda da Secretaria de Produção priorizou visita à Terra Indígena Puyanawa, Aldeia Ipiranga, em Mâncio Lima. Os indígenas Luiz Puyanawa e Joel Puyanawa, cacique, são produtores de farinha de mandioca (atsa putsu, em seu idioma), com reconhecida excelência na qualidade, e comercializada nas cidades vizinhas.
“É animador ter um governo presente em ações que buscam melhores condições de vida para o nosso povo”, reconheceu Joel Puyanawa, durante entrega do colar Puyavu (pássaro encantado) para o titular da Sepa, junto com um CD musical gravado em Madri.
A Sepa já executa, nessa terra indígena, o plano de gestão de cultivo de frutíferas, dentro do programa de Desenvolvimento Sustentável do Acre (PDSA), que visa à produção para segurança alimentar dos indígenas e a comercialização do excedente.
Organização Social
Já na agenda de segunda, 28, os agricultores do Ramal do Batoque, localizado em Mâncio Lima, puderam fazer suas reivindicações ao governo, para alavancar seus plantios de mandioca, milho, feijão e frutas.
Para tanto, estão se organizando numa associação de produtores rurais, a fim de ficarem mais fortes e unidos na produção e comercialização dos seus produtos.
O secretário Edivan Azevedo esclareceu que o governo vai apoiar na emissão de Declaração de Apoio ao Pronaf (DAP) e elaboração de projetos para que a comunidade possa acessar o crédito rural do Pronaf.
A Norte Hortifruti se comprometeu a adquirir tudo que a comunidade do ramal produzir de mandioca e frutas e o que coletarem de buriti e açaí. “O governo vai apoiar todos querem produzir e assim fortalecer o agronegócio”, ressaltou Azevedo.
