Iteracre realizou ano passado a mediação de 14 conflitos agrários no Estado
O cadastro de posseiros do Acre já passou da marca de oito mil registros. Considerando que cada família tem uma característica e uma história com a terra, é costumeiro que haja conflitos entre as posses. Para garantir uma solução justa e amparada em lei, ainda sim, observando cuidadosamente a necessidade de cada família, o governo do Estado se faz presente na procura de entendimento.
Para promover o equilíbrio entre as partes conflitantes, o Instituto de Terras do Acre (Iteracre) promoveu um segundo encontro entre o Incra e representantes de 12 famílias do Plano de Desenvolvimento Sustentável Baixa Verde, na BR-317, ramal Quinoá, em Rio Branco. As famílias citadas entraram com processo de usucapião na Justiça Federal requerendo o reconhecimento da posse, das benfeitorias e do serviço ambiental que prestam em preservar a reserva florestal da área em questão, já que sobrevivem do extrativismo.
O Incra prevê a criação de um assentamento na mesma área e, por sua vez, propõe reassentar as famílias de acordo com os processos administrativos da reforma agrária. Nesse caso, algumas famílias perderiam suas terras, o que criou o impasse.
Como nesse segundo encontro ainda não foi possível encontrar um meio-termo entre as duas partes, o diretor-geral do Iteracre, Felismar Mesquita Moreira, ocupou-se em acalmar os ânimos e propôs um novo encontro, dessa vez com a participação da Secretaria de Extensão Agroflorestal e Produção Familiar (Seaprof), para que todos juntos possam desenhar a melhor saída para o impasse.