Representantes do governo da Bolívia estiveram na Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) nesta quinta e sexta-feira, 10 e 11, para conhecer as regulamentações da política ambiental do Acre.
Em fase de construção do Código Florestal do seu país, a comitiva boliviana recebeu informações sobre o Zoneamento Ecológico-Econômico do Acre (ZEE), Sistema de Incentivo aos Serviços Ambientais, gestão das Unidades de Conservação, experiências e resultados do Cadastro Ambiental Rural e demais ações sustentáveis ligadas as florestas.
Nos últimos 10 anos, o Acre reduziu em 64% o seu desmatamento ilegal. Em 2015 esse percentual foi 15%.
O compromisso do governo, firmado durante a Conferência do Clima (COP 21), é de que, até 2018, essa prática ilegal seja erradicada no território acreano.
O resultado é fruto de uma economia verde, pautada na sustentabilidade, uso racional dos recursos naturais e preservação da floresta, desenvolvida há 16 anos, especialmente com as comunidades tradicionais.
“O Acre fez uma opção pelo desenvolvimento sustentável, atuando na preservação de recursos naturais para as futuras gerações e tem alcançado grandes resultados, reconhecidos mundialmente. Apresentamos as nossas fórmulas aos colegas bolivianos, para que eles também possam aplica-las em sua região, especialmente no se refere ao ZEE”, explicou o titular da Sema, Edegard de Deus.
Segundo o secretário de Meio Ambiente e Desenvolvimento Agropecuário do Departamento de Beni (BOL), Edgar Rea, a visita foi promissora.
“Pudemos compartilhar muito conhecimento. Estamos em processo de regulamentação da gestão das nossas áreas, e a experiência do Acre é muito promissora. As políticas relacionadas ao clima também chamaram muita a nossa atenção”, frisou.
Produção Sustentável
Pioneiro no modelo de produção sustentável, o Estado tem apostado no fortalecimento da cadeia extrativista, incentivando a produção da castanha, látex e óleos vegetais.
Os 13% de áreas abertas no Acre são utilizados com foco na produção sustentável. A piscicultura tem ganhado espaço nesse cenário, bem como a criação de outros animais de pequeno e médio portes, que têm fortalecido outras cadeias produtivas como a da avicultura e suinocultura.
Ao investir no fomento à produção e industrialização do pescado, o governador Tião Viana ampliou o mercado consumidor e fortaleceu a cadeia produtiva.
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