Em mais uma intensa agenda pelo Vale do Juruá neste sábado, 19, o governador Tião Viana pôde observar de perto projetos que vão mudar não só a economia dos municípios da região, mas gerar avanços sociais. São investimentos que têm a capacidade de mudar a renda de milhares de pessoas, além de originar um salto na qualidade de vida.
Projetos como o Complexo de Piscicultura do Juruá, em Cruzeiro do Sul, que engloba uma fábrica de filetagem e um laboratório de produção de alevinos, nos mesmos moldes do complexo que existe próximo a Rio Branco. Atualmente, Cruzeiro do Sul já tem 500 açudes construídos para produtores rurais por meio do Programa de Piscicultura. O objetivo é chegar a mil até o fim do ano que vem. E com o complexo, um produto valorizado surgirá.
O laboratório de produção de alevinos deve ser inaugurado em novembro deste ano. Ele irá produzir alevinos de surubim, piau, tambaqui e pirapitinga, peixes com grande valor econômico na região. Já a indústria de filetagem já está com a estrutura física pronta, faltando apenas os equipamentos que devem chegar nos próximos meses.
“Isso aqui é um outro Juruá. Vai organizar todos os nossos produtores, valorizar, gerar lucro e estabilizar o preço para o consumidor final”, ressalta o governador Tião Viana. A ideia é de que Cruzeiro do Sul passe a produzir duas mil toneladas de peixe a partir de 2014.
Segundo o secretário de Meio Ambiente, Carlos Edegard de Deus, o projeto segue à risca normas ambientais e terá um impacto mínimo na região. “É um investimento que também tem valorizado o fluxo das águas do Juruá e que faz parte do ideal de sustentabilidade, em que o produtor tira um produto tanto para vender como para sua sobrevivência e segurança alimentar.”
Casas indígenas
Tião Viana também parou para observar os avanços na construção de 480 habitações indígenas em aldeias de Cruzeiro do Sul a Feijó. As casas fazem parte do Programa Nacional de Habitação Rural (PNHR), num investimento de R$ 14 milhões – metade do governo federal e metade do governo estadual.
“Estamos fazendo uma revolução silenciosa e dando uma habitação digna para os nossos índios. Nós queremos que esse programa seja modelo para o país inteiro”, garante o governador.
O PNHR atende prioritariamente agricultores, extrativistas, piscicultores, ribeirinhos, povos indígenas e comunidades tradicionais. A estrutura modelo que está sendo usada nas casas contempla um espaço amplo, com varanda estruturada em madeira, mas com piso e banheiro feitos em alvenaria.
Complexo Florestal de Tarauacá
O Complexo Industrial de Tarauacá tem 16 hectares e será um dos maiores do Estado. A obra inclui área administrativa, sala de afiação, estufas e refeitório, além dos 12 galpões para os marceneiros.
“Com a BR-364 pronta e o complexo funcionado a todo vapor, queremos movimentar R$ 100 milhões por ano com madeira manejada, além de gerar até mil empregos diretos e indiretos”, explica Tião Viana.
O Complexo de Tarauacá já está com dois grandes galpões construídos, onde funcionará a fábrica de beneficiamento, e seu investimento é de R$ 38 milhões. A indústria será capaz de beneficiar cerca de 100 mil metros cúbicos de madeira ao ano.
Toda a madeira beneficiada produzida pela indústria será vendida nos mercados nacionais, principalmente do Sul, Sudeste e Centro-Oeste. Ainda segundo o governador, já foram garantidos 400 mil hectares de florestas públicas, o suficiente para impulsionar o complexo.
Para o presidente da Assembleia Legislativa do Acre, deputado Elson Santiago, que acompanhou o governador em suas visitas, esse é um momento único. “O governo investe em projetos não apenas de cunho econômico, mas social. Vemos o trabalho do governador Tião Viana em ideias que vão mudar a geração de emprego e renda no Juruá.”
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