Governo atua de forma integrada para dar assistência a famílias indígenas afetadas pela cheia no Acre

O governo do Acre, por meio da Secretaria do Meio Ambiente e das Políticas Indígenas (Semapi), está atuando de forma integrada com diversas instituições e secretarias de Estado para garantir acolhimento às famílias indígenas atingidas pela cheia.

Equipe da Semapi garante apoio e acolhimento a famílias indígenas. Foto: Alexandre Cruz-Noronha/Semapi

Em Rio Branco, foram atingidos os Huni Kui e Jaminawa de contexto urbano e, em Brasileia, os Jaminawa de contexto urbano. Já em Assis Brasil, os Manchineri foram atingidos, tanto os aldeados quanto os de contexto urbano.

O governador Gladson Cameli, a vice-governadora Mailza e vários secretários de Estado estiveram na região para acompanhar a situação e confirmar o apoio do Poder Executivo à população prejudicada pela enchente.

A secretária de Meio Ambiente e das Políticas Indígenas, Julie Messias, relatou que, frente à situação dos povos indígenas neste momento, foram chamadas, para somar esforços, instituições federais e estaduais que atuam na pauta, como a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), a Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), a Assessoria Especial Indígena do Gabinete do Governador, a Secretaria de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos (Seasd), Instituto de Meio Ambiente do Acre (Imac) e Secretaria de Saúde do Acre (Sesacre).

O apoio para donativos é uma parceria com a Secretaria de Agricultura (Seagri), Instituto de Educação Profissional e Tecnológica (Iepte), Secretaria de Justiça (Sejusp), Bombeiros, Secretaria de Estado de Governo (Segov), Casa Civil, SEADH, Cerimonial do Governo, Defesa Civil, Sesacre, Secretaria de Estado de Indústria, Ciência e Tecnologia (Seitc), representantes das Defesas Civil municipal, estadual e do Poder Judiciário.

A diretora Indígena da Semapi, Nedina Yawanawá, explicou que vários órgãos e secretarias estão unidos no acolhimento às famílias. Foto: Alexandre Cruz-Noronha

“O primeiro passo foi identificar a situação dos indígenas atingidos e estabelecer um diagnóstico. [Nossos parceiros] aceitaram de imediato o convite e estamos juntos nessa força-tarefa”, afirmou Julie.

A diretora Indígena da Semapi, Nedina Yawanawá, explicou que foi instalada uma sala de situação com os órgãos de competência indígena para atuar nas ações emergenciais.

Vice-governadora esteve no abrigo para acompanhamento das ações realizadas. Foto: Alexandre Cruz-Noronha

“Os abrigos possuem atendimento diferenciado nas questões culturais porque temos que adequar a alimentação. Alguns abrigos têm intérpretes que traduzem a língua, porque alguns não entendem oi português. Nos preocupamos também com a questão da alimentação, em colocar o mesmo povo em um só lugar, além de uma pessoa para dar apoio e suporte”, explicou a diretora.

Secretária Julie Messias esteve no abrigo junto com a vice-governadora Mailza. Foto: Alexandre Cruz-Noronha

Abrigos e equipes

São três abrigos disponibilizados, sendo um só para indígenas em Rio Branco, um em Assis Brasil e um em Brasiléia, os três com atendimentos voltados para a cultura indígena

Foram montadas equipes em Rio Branco, duas para Brasiléia e outra enviada para Assis Brasil. “Essas equipes foram montadas para fazer um diagnóstico da situação para que a gente possa elaborar o plano durante a alagação e pós-alagação. Essa ação integrada é justamente para garantirmos essa assistência aos nossos povos indígenas de contexto urbano e aldeados que estão desabrigados no estado”, complementou a diretora indígena.

Secretária Julie Messias faz acompanhamento em abrigo de Brasileia. Foto; Alexandre Cruz-Noronha

O cacique Ninawá Huni Kui, que está à frente da Sesai, disse que a equipe está dando apoio e atuando em conjunto com a Semapi.

“Nos colocamos à disposição e estamos atuando e dando suporte, com medicamentos, , parceria, conseguimos viaturas para o deslocamento dos povos. Hoje tivemos um representante dos Ministério dos Povos Indígenas e falamos para ele a preocupação também no pós-cheia, pois nesse período temos que ver a questão da água, os alimentos são perdidos por causa das plantações e também em questão da análise da água”, disse.

O líder parabenizou o governo do Estado, em nome da secretária Julie, pela frente de trabalho e acolhimento aos povos.

“Eu, enquanto movimento social indígena, nunca tinha presenciado uma força- tarefa tão conjunta e desse tipo, está sendo muito importante para os nossos povos”, complementou.

 

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