Acesso ao crédito chega a R$ 50 milhões e fortalece a agricultura familiar
O secretário de Extensão Agroflorestal e Produção Familiar (Seaprof), Lourival Marques, comemora com a equipe os resultados positivos para o setor agropecuário neste primeiro ano de governo. Em algumas áreas os números são expressivos, como o investimento de quase R$ 3 milhões para a compra da produção, a mecanização de mais de 5 mil hectares e em relação a acesso a crédito, que já são quase R$ 50 milhões em projetos para o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf).
Os números mostram que a cada ano o Acre dá um salto quando o assunto é projetos para financiamento junto ao Pronaf. Em 2008, os técnicos da Seaprof elaboraram projetos para financiamento junto ao Banco do Brasil e ao Banco da Amazônia, no valor total de R$ 9,9 milhões. Em 2009 chegou a R$ 28,9 milhões e em 2010, a R$ 39,5 milhões. Até a primeira semana de dezembro já tinham sido apresentados às instituições financeiras quase R$ 50 milhões.
“O Pronaf é importante para o fortalecimento dos sindicatos, cooperativas, movimentos sociais, instituições financeiras e todos os agentes envolvidos na operacionalização desse programa. Muitos dos nossos produtores nunca haviam contraído financiamentos bancários. Mas os investimentos do governo na zona rural e o reduzido valor dos juros estão mudando esse quadro”, acredita Lourival Marques.
“Estamos colhendo os frutos das políticas públicas iniciadas no governo de Jorge Viana e incentivadas pelo então governador Binho Marques”, disse Lourival Marques, explicando que em 2011 o governador Tião Viana apresentou o desafio de apoiar a produção agrícola com ênfase na sustentabilidade social e econômica dos produtores familiares, bem como no uso sustentável dos recursos naturais.
O desafio foi lançado e Lourival Marques coordena 150 técnicos, que estão diretamente no campo. “Esses técnicos são responsáveis por levar as políticas públicas aos pontos mais isolados de nosso Estado”, garante.
Trabalhando na assistência técnica e no fomento, a Seaprof desenvolve suas atividades com base em cadeias produtivas. No do pescado que está dentro do Programa Estadual de Piscicultura, já foram construídos 820 açudes/tanques para a criação de peixes e atendidos mais de 400 produtores.
No Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), o governo do Estado, com recursos do Ministério do Desenvolvimento Social (MDS), iniciou o ano com R$ 6 milhões para investir na compra da produção. Foram desembolsados R$ 2,3 milhões, sendo adquiridas 640 toneladas de alimentos, atendendo 112 entidades socioassistenciais e 408 produtores, e beneficiando um público de 28.842 pessoas.
“A construção de casas de vegetação vai impulsionar a produção de folhos”, explicou o secretário, anunciando que foram construídas 100 unidades em todas as regiões do Estado e distribuídas 2,9 toneladas de sementes de cebolinha, melancia, coentro, couve, alface, tomate e berinjela.
O Programa de Segurança Alimentar prevê o resgate de áreas alteradas com a utilização de leguminosas. No total, foram fornecidas 216 toneladas de sementes de mucuna, feijão, arroz, milho, melancia, cebolinha, coentro, couve, alface, tomate e berinjela. 58.081 mudas de citros foram distribuídas em Manoel Urbano, 123.219 em Feijó e 46.800 mudas em Tarauacá, além de 11 mil pintos e 11 toneladas de ração nos municípios de Santa Rosa do Purus, Jordão, Marechal Thaumaturgo, Porto Walter e Rodrigues Alves.
As ações de extensão chegaram também às comunidades indígenas. Entre elas a implementação de 15 Planos de Gestão Territorial e Ambiental Indígena (PGTI) em produção sustentável em 17 Terras Indígenas, de novos povos indígenas, beneficiando 10.236 indígenas. O investimento foi de R$ 1,5 milhão.
Uma das prioridades do governo do Acre é a mecanização agrícola com base no desenvolvimento sustentável da agricultura familiar. As atividades desenvolvidas de mecanização estão inseridas nos diversos programas, como o de Inclusão Social e Desenvolvimento Econômico Sustentável do Acre (Proacre) e o Fundo Amazônia, bem como através do acesso ao credito, que permite ao produtor adquirir tratores e implementos agrícola. Os produtores estão sendo beneficiados pela mecanização com destoca e gradagem. Já foram mecanizados mais de 5 mil hectares de áreas alteradas para produção de milho, feijão, arroz mandioca e outros.
Os investimentos na cadeia produtiva da borracha, através do subsidio pago por cada quilo do produto, chegaram a R$ 533.446,20. O subsídio do látex saltou de R$ 1,40 para R$ 4,20. Foram comercializadas 585 toneladas de CVP nativo, CVP cultivo, Látex e FDL. Com o Programa de Florestas Plantadas, o governo incentiva a plantação de seringais de cultivo.
Lourival Marques fez questão de frisar que os resultados positivos não teriam sido alcançados senão pelo trabalho conjunto de uma equipe determinada e comprometida com o produtor rural.