O secretário de Extensão Agroflorestal e Produção Familiar (Seaprof), Lourival Marques, apresentou esta semana ao diretor do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Guilherme Lacerda, resultados das ações de produção sustentáveis financiadas com recursos do Fundo Amazônia. A comitiva visitou propriedades rurais e conversou com produtores.
A Seaprof coordena as ações de fomento às cadeias produtivas agroflorestais para a redução do desmatamento e de incentivos aos serviços ambientais. Com atividades previstas para acontecer nos municípios de Bujari, Sena Madureira, Manuel Urbano, Feijó e Tarauacá, o Fundo Amazônia, gerenciado pelo BNDES,
visa promover projetos para a prevenção e o combate ao desmatamento e também para a conservação e o uso sustentável das florestas no bioma amazônico.
O governo do Estado aprovou o projeto junto ao banco para fortalecer o Programa de Valorização do Ativo Ambiental Florestal às margens da BR-364, que incentiva práticas sustentáveis e redução do desmatamento e efetua pagamento por serviços ambientais, envolvendo famílias de produtores rurais.
O produtor Alberto Pinto recebeu a equipe do BNDES, o secretário Lourival Marques e o secretário de Planejamento, Marcio Veríssimo, em seu roçado de macaxeira. A propriedade, localizada no Ramal Abib Cury, em Bujari, é área de litígio e o produtor não tem documentação definitiva da terra. Isso impede seu acesso às políticas de crédito, por exemplo. “Estamos levando as políticas públicas de incentivo à produção a regiões e pessoas que nunca foram beneficiadas”, lembrou Lourival Marques.
Alberto Pinto foi contemplado com a mecanização de dois hectares, com serviço de destoca e aradagem, e já plantou macaxeira e frutíferas. As mudas também fazem parte das ações financiadas com recursos do Fundo Amazônia. “Mas nessa área eu já plantei e colhi milho e agora plantei também feijão. No meio tenho banana, açaí. É muito bom mexer na terra assim, com ela toda trabalhada, né?”, diz o produtor.
O Acre é referência, segundo o diretor do banco, Guilherme Lacerda. “É impressionante como o Acre faz, e faz bem feito”, disse Lacerda durante sua visita a propriedades rurais, antes de seguir para o Polo Agroflorestal do Bujari. Na propriedade de sete hectares do produtor João Dias, o diretor visitou plantação de frutíferas, criatório de peixes e estufas de hortaliças.
“Todas as ações desenvolvidas com recursos do Fundo Amazônia têm como objetivo gerar renda e, ao mesmo tempo, conservar a floresta. O Estado do Acre está sendo financiado porque possui uma forte política de valorização da floresta, de conservação dos recursos naturais, e tem incluído as famílias de produtores rurais no processo de desenvolvimento sustentável”, finalizou Lourival Marques.
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