O governo do Acre apresentou ao empresariado acreano e instituições parceiras as principais perspectivas econômicas, além dos investimentos do Estado, previstas para 2026. A exposição foi realizada na quinta-feira, 18, durante a última reunião de 2025 do Fórum Empresarial de Inovação e Desenvolvimento do Acre, feita na sede da Federação das Indústrias (Fieac), em Rio Branco. Na ocasião, os participantes também avaliaram o desempenho econômico do estado neste ano.
O encontro contou com a participação de membros das secretarias de Estado de Indústria, Ciência e Tecnologia (Seict), Agricultura (Seagri), Planejamento (Seplan), Obras Públicas (Seop) e Habitação e Urbanismo (Sehurb). Também participaram representantes da Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil, das associações Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) Seccional Acre; Comercial, Industrial, de Serviço e Agrícola (Acisa) e Acreana de Supermercados (Asas).

As federações das Associações Comerciais e Empresariais (Federacre), de Agricultura e Pecuária (Faeac), além da Universidade Federal do Acre (Ufac), também se fizeram presentes no debate. Segundo o titular da Seict, Assurbanípal Mesquita, a presença dos órgãos demonstrou que o poder público, setor produtivo e as demais instituições estão cada vez mais alinhados na busca de soluções estratégicas que façam com que o Acre tenha um desenvolvimento econômico pungente.
Ele destacou, ainda, que iniciativas como dezenas de obras públicas, programas habitacionais, incentivos à expansão industrial, crescimento das exportações acreanas e fortalecimento do agronegócio formam o principal eixo de ações das projeções governamentais para 2026. De acordo com o gestor, as pastas estaduais levaram uma leitura consolidada dos principais vetores que devem impulsionar a economia acreana no próximo ano a fim de gerar mais emprego e renda.

“Foi um momento importante de diálogo e alinhamento. Destacamos ações que geram emprego, renda e movimentam a cadeia produtiva local. Neste ano, já foram anunciados mais de R$ 500 milhões em investimentos privados, com indústrias ampliando seus parques produtivos e novas empresas se instalando. Esses indicadores mostram que o Acre vive um momento de confiança. O Estado tem feito sua parte ao criar um ambiente favorável aos negócios, e o setor produtivo tem respondido com investimentos, o que gera um cenário positivo para 2026”, falou Mesquita.
Presidente do Fórum Empresarial de Inovação e Desenvolvimento, Assuero Veronez ressaltou que o diálogo permite construir soluções conjuntas entre governo e iniciativa privada. Para ele, a troca de informações qualifica o planejamento e fortalece o ambiente de negócios. “O Fórum é um espaço estratégico para discutir o presente e projetar o futuro da economia acreana. Esse alinhamento contribui para decisões mais assertivas e para o fortalecimento do setor produtivo”.
Já a empresária Luciana Mendonça, do Café Contri, destacou que reuniões como essa possibilitam aos empreendedores expor dificuldades, apresentar sugestões e participar da construção de soluções. Segundo ela, o debate mostrou os avanços obtidos ao longo do ano nas cadeias produtivas. “Tivemos um crescimento expressivo na produção de café e agora buscamos apoio para que esse avanço se traduza em mais industrialização local, geração de empregos e desenvolvimento. A transformação é o que efetivamente gera riqueza para o estado”, disse ela.

O economista e professor da Universidade Federal do Acre (Ufac), Carlos Estêvão Castelo, avaliou que o cenário econômico do estado é positivo. Ele ressaltou a importância das políticas públicas voltadas à exportação, inovação e integração regional. “Encontros como esse são decisivos porque reúnem universidade, setor privado e governo. É a partir dessa construção coletiva que surgem propostas viáveis e conectadas com a realidade para o Acre”, analisou ele.
Secretário adjunto de Agricultura (Seagri), Edvan Azevedo destacou que a aproximação entre Estado e empresariado é fundamental para direcionar políticas públicas que tenham resultados efetivos e fortalecer a economia. Segundo ele, o Acre vive um momento de expansão do agronegócio, o que exige integração entre produção e indústria. “Há uma perspectiva clara de crescimento da agropecuária e do plantio de grãos. Esse avanço precisa estar em sintonia com o empresariado, responsável pelo beneficiamento e pela agregação de valor à produção”, pontuou.





