Para valorizar a vocação de mulheres do Vale do Juruá para fabricação de biscoitos e dos produtores rurais na criação de peixes, e dar mais qualidade ao trabalho desenvolvido nesses setores, o governo do Estado, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Florestal, da Indústria, do Comércio e dos Serviços Sustentáveis (Sedens), incentiva e financia a construção de um Centro de Alevinagem e de uma Indústria de Biscoitos.
As obras que marcam a fase da industrialização do Vale do Juruá foram visitadas pelo governador Tião Viana, que estava acompanhado pelo secretário Edvaldo Magalhães.
“Estamos consolidando uma fortíssima frente de industrialização do Juruá, dando início a uma nova oportunidade econômica e que vai mudar, definitivamente, o padrão de distribuição de renda para a atividade comunitária para as cooperativas”, disse o governador.
A Indústria de Biscoitos está com as obras em plena execução. Para a construção do prédio estão sendo investidos R$ 1,7 milhão. Os recursos, provenientes do Proacre, na ordem de R$ 240 mil, foram utilizados para a compra de equipamentos como batedeiras, freezer, masseira, veículo para transporte, liquidificador industrial, uniformes e equipamentos de segurança.
Tião Viana contou que no Centro de Alevinagem estão sendo investidos mais de R$ 14 milhões no laboratório e na indústria do peixe.
“Já passamos de 500 tanques comunitários. São mais de 700 famílias envolvidas. Isso quer dizer que a terra das águas bonitas e sagradas que é o Juruá vai ter uma grande oportunidade de industrialização por meio de um dos mais precisos produtos que é o peixe da Amazônia, do Juruá”, declarou Tião.
César Messias comentou que o núcleo de alevinagem é de suma importância para o Vale do Juruá, tendo em vista que o rio que dá nome à região já não é mais suficiente para abastecer Cruzeiro do Sul e adjacências.
“Quando a população era de 10 mil pessoas, o Rio Juruá abastecia, mas hoje a nossa cidade cresceu e o rio não consegue dar conta. Com esses investimentos, que na totalidade chegam a quase R$ 40 milhões, nós vamos não só produzir o peixe para ser consumido para a região, como exportar”, acrescentou o vice-governador.
O secretário Edvaldo Magalhães não tem dúvidas da capacidade industrial do Vale do Juruá. Magalhães assegura que a indústria terá capacidade para abastecer toda a região e ainda o mercado externo.
“Quando eu falo que poderemos, sim, abastecer o mercado fora daqui, eu incluo o mercado do Amazonas. Hoje o centro industrial da Zona Franca de Manaus é um grande consumidor de alimentos, e eles importam todo o pescado de Rondônia e até do Mato Grosso”, disse o secretário.
Edvaldo Magalhães observou que Cruzeiro do Sul e demais cidades da região possuem estreitas relações comerciais com o Amazonas, e isso facilita ainda mais essa expansão do mercado do peixe do Acre para o Estado vizinho.
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