Governador Tião Viana entrega mais obras do Programa Ruas do Povo no Alto Acre

População comemora fim da lama e da poeira em todos os municípios da região

O fim da lama e da poeira está  chegando para muitos moradores de Xapuri, Epitaciolândia, Brasileia e Assis Brasil. É que amanhã, sábado, 10, o governador Tião Viana, juntamente com o diretor-presidente do Depasa, Gildo César, entrega para a população mais um pacote de obras do Programa Ruas do Povo, que está sendo executado em parceria com as prefeituras.

Ao todo, serão mais treze ruas entregues aos moradores, ainda dentro da primeira fase do programa. Uma em Xapuri (a Laranjal, que tem 820 metros de extensão), três ruas em Epitaciolândia (dentro Loteamento São Francisco), cinco ruas em Brasileia e outras três ruas em Assis Brasil.

No próximo dia 19, o governo do Estado abre nova licitação para pavimentação de ruas em Xapuri e em Assis Brasil. Na terra de Chico Mendes estão sendo executados oito quilômetros de ruas. Na segunda fase, estarão completados outros dez quilômetros, o que para o prefeito Bira Vasconcelos contemplará  toda a necessidade do município.

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O fim da lama e da poeira está chegando para muitos moradores de Xapuri, Epitaciolândia, Brasileia e Assis Brasil (Foto: Assessoria Depasa)

O programa Ruas do Povo não leva apenas melhoria da qualidade de vida aos moradores. Por empregar mão-de-obra local, gera emprego e renda no próprio município onde a obra está sendo executada. Em Xapuri, a construtora Oliveira Transportes emprega nada menos do que 35 trabalhadores que trabalham diuturnamente para que a rua Laranjal fique pronta ainda hoje.

A empresa tem ao todo três lotes de obras na cidade, que contempla nada menos do que quatro quilômetros de ruas. Desse total, 50% da obra está na base e outros 50%, na sub-base. Rui Benjamin, proprietário da empresa, explica que se conseguir deixar tudo na imprimação até o fim de setembro, é possível assentar os tijolos no período das chuvas.

O ritmo de trabalho também está acelerado em Epitaciolândia, em Brasileia e também em Assis Brasil, onde os trabalhadores se revezam em diversos turnos para deixar as três ruas prontas. Além delas, outras ruas do conjunto estão apenas esperando novas remessas de tijolos para completar a pavimentação.

No caso de Assis Brasil, o acompanhamento dos trabalhos é feito pela própria prefeita Eliane Gadelha. Tudo para que o governador Tião Viana, neste sábado, faça a entrega de mais três ruas que estão foram pavimentadas pelo Depasa. O município deverá um dos primeiros a ter todas as ruas concluídas no fim da segunda fase do programa Ruas do Povo.

Desemprego zero

O programa Ruas do Povo oferece oportunidade de emprego para todos os trabalhadores nos municípios onde é realizado. Em Xapuri, por exemplo, mais de 30 operários foram contratados pela empresa Oliveira Transportes para concluir os trabalhos de pavimentação da rua do Laranjal, que tem 820 metros de comprimento e será entregue pelo governador Tião Viana à população.

Em Epitaciolândia, a empresa responsável foi obrigada a contratar trabalhadores em Brasileia para que o cronograma de trabalho não sofresse nenhum tipo de atraso. Já  em Assis Brasil, a prefeita Eliane Gadelha informou que todos os trabalhadores disponíveis na cidade já estão trabalhando no programa.

Quem comemora são os trabalhadores. Aurélio Barbosa, 19, por exemplo, diz que se sente satisfeito por estar trabalhando e pretende ficar muito tempo prestando serviço, assim como Rosivan Lima da Cunha, que trabalhava na fábrica de pisos e está concluindo o ensino fundamental. “É uma oportunidade que queremos aproveitar ainda por muito tempo”, afirma.

Tinha perdido a fé

A Rua Laranjal, no bairro de mesmo nome, em Xapuri, é uma das maiores que estará sendo entregue pelo governador Tião Viana. Tem ao todo 820 metros e entre seus moradores está Raimunda Gondim, 78, que já tinha perdido a esperança de que um dia sua rua pudesse receber algum benefício do poder público.

Moradora do local há  20 anos, ela conta que, como há muitos olhos d’água, a rua alagava durante o inverno e as pessoas eram obrigadas a andar com a sandália nas mãos para não sujar. Ela, que sempre ajudou o pessoal a se lavar depois de passar na lama, revela que agora “melhorou foi 100%”, já que os moradores não terão mais esse tipo de problema.

Mais animado ainda está  Raimundo Nonato da Silva, 53, morador de uma rua próximo à Laranjal. Ele diz que antes da pavimentação da rua sofria muito para chegar ao aeroporto da cidade, onde é vigia. ‘Antes era muita lama. Até para passar de bicicleta era muito difícil, mas agora estamos tranqüilos porque essa obra vem melhorar muito a nossa vida”, comemora.

Laranjal: uma doçura só

O sentimento da população de Xapuri contemplada com o programa Ruas do Povo é incomum entre a comunidade. A felicidade ao saber que a luta contra a lama e a poeira chegou ao fim é contagiante. “Ah, eu gosto muito da minha terrinha, do nosso Acre, e acompanhar o crescimento dele me deixa muito orgulhoso”, comenta Sebastião Bezerra, 81, xapuriense, filho de seringueiro e também seringueiro, como ele mesmo diz “e com muito orgulho”.

Sebastião seguiu o mesmo caminho do pai e trabalhou 60 anos de sua vida cortando seringa entre o Brasil e a Bolívia. O pai de família lembra com saudades e amor no coração as lembranças do pai, que lutou na Revolução Acreana em 1902, o qual se sente lisonjeado em ter uma boa lembrança do pai e do lugar onde mora.

“O que hoje é rua antes era só um caminho, sempre escutamos muitas promessas de políticos, mas só agora estamos vendo as realizações. Graças a Deus e ao governador Tião Viana, que se lembrou do povo de Xapuri, muita gente faz questão de esquecer o sofrimento. Eu me considero muito feliz com esse benefício, que está fazendo bem danado para todos. Eu me lembro que dizia e acreditava com convicção de que isso nunca ia acontecer. Hoje eu estou vendo e aproveitando as melhorias para trabalhar mais e faturar um pouquinho. Agora pego a minha bicicleta com carga e vou embora sem cansaço fazer frete”, explica e agradece ao governo pelo benefício Ruas do Povo, em parceria com a prefeitura de Xapuri.

Bicicleta no ombro

Com a mesma alegria e satisfação está Maria José Godin, umas das dez filhas de Raimunda Godin, professora aposentada que mora na Rua Laranjal há 20 anos. Maria José conta algumas das dificuldades vividas por todos os moradores, que tinham de sair de casa em dias invernosos com crianças a tiracolo, bicicleta nos ombros e pés descalços, porque sempre que chovia a rua alagava e as sacolas nos pés não resistiam. Alguns cantos da rua viravam córregos que desaguavam nos quintais das casas. Uma delas era a da professora Raimunda, sua mãe.

Maria, que hoje é casada, mãe de sete filhos, não mora mais com a mãe, mas não deixa de visitá-la sempre que pode. “A nossa rua melhorou 100%, a gente não tinha mais nem fé de vê-la um dia pronta, agora eu tenho o maior gosto de vir à casa da minha mãe, venho todos os dias, faça chuva ou faça sol”, comenta sorridente, ao lado da mãe e da neta.

Os moradores também são fiscais

Raimundo, 42, trabalhador da empresa Oliveira Transportes há mais de um ano, natural de Rio Branco, conta que se sente feliz por estar ajudando a concretizar o sonho de muita gente.

“O trabalho está excelente. Estamos todos trabalhando feliz pela realização do sonho de todos os moradores: o fim do lamaceiro e do poeiral. Eu não moro aqui, mas todos os moradores falam que essa rua alagava e no inverno mal dava para andar. Os moradores aqui são muito receptivos, acolhedores, colaboram conosco, são cuidados e ficam de olho, fiscalizando de perto o trabalho que a gente tá fazendo. A dona Raimunda toda tarde oferece refrigerante para todos nós e diz estar muito satisfeita com o andamento das obras. Eles ajudam e fiscalizam, também. Isso é bom, porque assim o trabalho continua intenso e tranquilo. Nós estamos nos dedicando bastante para entregar não só esta rua, mas todas as outras com muita qualidade”, comenta o empregado da empresa responsável pela execução do trabalho em Xapuri.

Abertura das ruas revigora os comerciantes

Idelfonso Siqueira, 61, natural de Brasileia, partiu para Xapuri em 1995 à procura de melhorias na vida de vendedor ambulante. Xapuriense de coração, ele casou, teve filhos e montou o seu comércio.

“Eu gosto muito de Xapuri. Aqui todo mundo se conhece, tudo é mais perto e mais fácil, e o mais importante, eu construí aqui: a minha família. Deus está nos abençoando. Ver essa rua pronta e saber que não teremos mais que nos preocupar com o inverno ou com o verão é muito bom. Eu não saio mais daqui por nada e agora, que a rua tá uma maravilha, o povo tá mais contente e as vendas aumentaram, é que eu não saio mesmo! A semana ainda nem acabou e eu já vendi todos os refrigerantes do estoque, agora estou esperando chegar mais, para vender mais”, diz Idelfonso, entusiasmado com o aumento das vendas, em função da pavimentação da Rua Laranjal.

Vivendo um sonho

O trabalho de pavimentação de ruas do programa Ruas do Povo é realizado em parceria com as prefeituras. O prefeito Bira Vasconcelos, de Xapuri, diz que os moradores da cidade estão vivendo um verdadeiro sonho, já que não terão que usar mais sacolas plásticas durante o inverno, e as doenças respiratórias irão diminuir durante o verão.

Nesta primeira fase do programa, o governo do Estado, através do Depasa, está pavimentando oito quilômetros de ruas de um total de 18 que estão sendo pavimentadas. A Laranjal, conta, era uma rua esquecida pelo poder público, mas no primeiro ano de mandato Bira arrumou o local.

“Essa parceria com o governador Tião Viana vai garantir que o município de Xapuri tenha todas as ruas pavimentadas, e é bom saber que começou pelos bairros periféricos. Vai ser uma verdadeira transformação”, afirma o prefeito.

Complicação quando chovia

Em Epitaciolândia, o governador Tião Viana estará entregando três ruas do loteamento São Francisco. Entre elas está a rua de Maria Damiana, 45, um casal de filhos.

Há nove anos morando no local, ela foi uma das primeiras moradoras do loteamento. Ela lembra o sofrimento que passou, juntamente com os filhos, quando o inverno chegava. “Era muito complicado. Quando chovia, a gente era obrigado a usar um pano para se limpar quando chegasse no asfalto”, recorda.

Quem também está comemorando é Francisca Batista da Cunha. Embora esteja há apenas um mês no local, sabe muito bem o que é morar em uma rua sem pavimentação e sem a menor condição de trafegabilidade. “Está ótimo. Quando chegamos aqui essa rua não estava arrumada e sei muito bem o que é  sofrer quando o inverno chega”, afirma.

“É o começo de uma nova vida”

A dona de casa Maria José  Nunes, moradora da Travessa 4, do loteamento São Francisco, em Epitaciolândia, vive com o esposo e a filha numa das poucas casas da travessa contemplada com a pavimentação de tijolos.

Ela conta que o fato de não ter muitas casas é porque simplesmente antes não existia rua. "Aqui era só o matagal. Nós fazíamos caminhos com o terçado para abrir, o mato fechava tudo. Agora, com essa rua grande e bonita, é difícil até de acreditar, mas é um sonho que a gente passa por ele todos os dias. A nossa vida melhorou muito, agora meu marido que é ambulante e vende salgadinho todos os dias, de bicicleta, está tranqüilo sem ter que passar pelo mato, correndo o risco de ser picado por uma cobra. Eu e minha filha também nos sentimos mais seguras quando vamos à escola. Até o movimento melhorou, antes ninguém vinha para essas bandas, agora o povo vem fazer caminhada.

Eu estou muito feliz, muito mesmo, para mim é o começo de uma nova vida”, afirma Maria José.

Da “quiçaça”, uma rua

Lourival Batista de Lima, 68, morador da zona rural no ramal 12, 10 quilômetros de ramal, pai de Maria José de Lima, que reside na Travessa 5, loteamento São Francisco, conta que, mesmo morando um pouco longe, nunca deixou de visitar a filha. Ele tinha medo porque a casa dela era rodeada por mato.

“Quase toda semana e fim de semana eu venho aqui na casa da minha filha, ver meus netos e minha bisneta e conferir para ver se está tudo bem. Muita gente achava, e eu também, que essa rua não ia ficar pronta agora, mas ela já está, é inacreditável. A rua, ou melhor, o corredor de passagem que a gente costumava chamar de ‘quiçaça’ [caminho com mato grande, feito um varadourozinho], mudou completamente. A dificuldade era muito grande para o meu neto levar a filha dele para a escola, era um sufoco e quando chegava à rua da frente era recebido, no verão, por um banho de poeira dos carros que passavam rápido, sem dó e nem piedade. A minha bisneta Kaila, de 4 anos, vivia gripada. Mas agora, graças a Deus, tudo mudou agora, eu vou e volto para a minha colônia tranquilo. Passar por essa rua é bom demais, eu me sinto mais seguro ao saber que a minha família também está”, disse.

“Material de qualidade é sinal de um bom trabalho”

Mano, apenas “Mano”.  É assim que o jovem de 35 anos, representante da empresa responsável pelo trabalho das ruas de Epitaciolândia, apresenta-se e fala sobre o trabalho com o Ruas do Povo.

“A nossa equipe é formada por 40 pessoas, composta em sua maioria por jovens do próprio bairro. Os trabalhadores são muito atentos e dedicados, os profissionais não precisaram ensinar mais que duas vezes, eles já aprenderam, o nosso trabalho é muito responsável, o tijolo fornecido pela Cerâmica Bibiaco facilitou muito no desempenho do nosso dia-a-dia, pois trabalhar com material de qualidade é sinal de trabalho sem tormento no dia da entrega. Já foram utilizados, só nesta obra, 79.400 milheiros de tijolos, e até o fim pretendemos usar mais uns 40 milheiros”, declara.

“Não conseguiria sem a ajudar do governador”

Quem comemora a parceria com o governo do Estado é o prefeito de Epitaciolândia, José  Ronaldo. Segundo ele, sem a ajuda do governador Tião Viana não seria possível fazer o volume de obras que está sendo realizado pelo Depasa dentro programa Ruas do Povo.

Ele diz que os investimentos em pavimentação que o poder público realiza para a população são os mais importantes investimentos. “Para o cidadão que mora em qualquer rua, o seu desejo é sair de casa com a rua pavimentada, onde não sujem os pés de poeira no verão e de lama no inverno”, comenta.  

Em Epitaciolândia, o governo está realizando, dentro da primeira fase do programa Ruas do Povo, quatro quilômetros de ruas. Numa segunda fase, outros dez quilômetros estão no projeto e a expectativa do prefeito é de que até  o final da administração do governador Tião Viana todas as ruas sejam contempladas.

“Aqui em Epitaciolândia administramos com muita dificuldade, e se não fosse a parceria com o governo do Estado a gente não conseguiria de maneira alguma fazer esses investimentos”, afirma.

Poeira nunca mais!

Se em algumas ruas o grande problema é a lama, durante o inverno, na rua Núbia de Farias, em Brasileia, a maior reclamação dos moradores é em relação à poeira. Marina Luiz, 42 anos e duas filhas, conta que no verão passam muitos caminhões em alta velocidade. “Já tive muita raiva aqui. Não conseguia nem varrer minha casa direito”, destaca.

Quem não poupa críticas à  situação da rua antes da pavimentação é José Marques de Oliveira. Ele mora no local há dez anos, desde que o bairro foi aberto, e lembra do tempo em que a lama era um grande problema para os moradores. “Teve uma época que quase fiquei ilhado. Tinha um lamaçal mais à frente que atolava até a perna”, relembra.

Para Oliveira, entretanto, a poeira incomoda mais do que a lama devido aos problemas respiratórios que causa. “Mas essa pavimentação ficou muito boa, uma beleza. Foi uma terraplanagem bem feita que vai aguentar muito tempo”, faz questão de comentar.

A poeira não incomoda apenas ele. Valdete Oliveira, 38, mãe de três filhos, confirma sua tese. Segundo ela, a mãe, Lázara, já chegou a ter problemas de bronquite devido ao excesso de poeira. “Já tive até vontade de vender aqui por causa da poeira, que incomodava mais do que a lama”, afirma.

“Eu não posso ver a rua pronta, mas posso sentir”

Maria Célia, 34, mãe de três filhos, mora há cinco anos na Rua Alexandre Esteves. “Era péssimo andar nessa rua, quando chovia a reclamação era geral, todo mundo lamentava por não poder sair de casa. Minha mãe, Darci Paulina de Souza, tem 67 anos, sempre foi o meu orgulho e a minha esperança. Hoje, infelizmente, ela não tem mais visão, por causa de uma dor de cabeça muito forte aos 62 anos. Nenhum médico conseguiu descobrir o fato real da perda da visão, mas ainda estamos lutando para que ela volte a enxergar. Ela sempre me ensinou a ter fé, e eu tive muita fé de que um dia ia ter na frente da minha casa uma rua de verdade, com sistema de água e iluminação. A minha mãe Darci não pode mais ver, mas ela pode sentir. Hoje ela chora e se sente feliz quando a gente sai de casa sem tormentos.”

Lama no meio da canela

Darci Paulina conta que a maior dificuldade que enfrentava era para se deslocar até o hospital, porque, em casos de saúde, com chuva ou sem chuva é preciso chegar até o atendimento para não perder a consulta agendada. “Eu nasci e me criei na mata, e de uma forma ou de outra eu já tinha habilidade para andar por entre o mato e a lama, mas a minha filha era muito nova e dificultava um pouco ter que carregá-la nos braços pela lama escorregadia. A lama era tanta que batia no meio da canela.” Por entre uma recordação e outra, dona Darci se emociona por querer muito ver com os próprios olhos sua rua reformada e tratada, e repete o que a filha havia mencionado: “Eu não posso ver a rua pronta, mas posso sentir”.

"Pisada de gato"

Aos 75 anos de idade, Sebastiana Batista, dona de sorriso cativante e de histórias bonitas, não mede palavras para contar os "causos" com a antiga rua. “Hoje você vê essa rua bonita, né? Ver essa rua pronta para mim é um milagre. Desde que eu me entendo por gente morei nessa rua, aqui só tinha ‘pisada de gato’, era só o matagal, cansei de abrir caminhos para que todos pudessem transitar, tinha um amigo dono de uma carroça que morava aqui também, ele já se foi, mas antes de ele ir eu o ajudei muitas vezes a desatolar a carroça. E hoje em dia é essa rua bonita, eu quase sempre lembro os meus filhos de como era essa rua, para que eles reconheçam o bem que Deus, o governo e a prefeitura estão fazendo por nós. Ver esta rua ‘tijolada’  me deu mais vontade de viver, e eu quero agradecer pessoalmente ao Tião Viana por não ter esquecido de nós”, afirmou.

Bueiro que até  cego enxergava

De todas as ruas que estão sendo entregues neste sábado pelo governador Tião Viana, a que mais chama a atenção é a Tancredo Neves, em Assis Brasil. Lá, havia um bueiro que os moradores, como forma de protesto, chegavam a comemorar o “aniversário” do grande buraco.

Na verdade, um bueiro a céu aberto que exalava um mau cheiro insuportável. Tudo parte de um passado tão recente que Adenildo Alves de Souza, 54, e que praticamente não enxerga mais, não quer nem saber de lembrar, embora já tenha caído nele.

O bueiro, claro, não existe mais, e quem chega à rua pela primeira vez custa a acreditar que havia no local um grande buraco. Mas havia. É o próprio Adenildo quem informa: “Era uma bueira que não aterraram e então foi quebrando e ficou aí durante muitos anos.”

Ele, entretanto, nunca perdeu a esperança, embora até então nunca tenha considerado a Tancredo Neves uma rua de fato. “Eu, particularmente, sempre tive fé. Outros governos não fizeram nada pela gente nem andavam aqui, mas nunca perdi a esperança de que um dia essa obra pudesse acontecer. Agora está  uma benção. Valeu o voto ao governador Tião Viana”, comenta.

Quem concorda com ele é  Soila Padilha de Lima. Aos 82 anos, ela pode ser considerada uma das moradoras mais antigas da rua (está no local há 30 anos). Ela também sofria quando o bueiro passava em frente à sua casa. “A rua era muito esburacada. Tinha que sair descalço e com uma sacola. Não tinha jeito”, lembra.  

Quem mais gostou da pavimentação realizada pelo Depasa foi a neta de Soila, Leidiana Lima. Ela não mora mais com a avó, mas destaca que agora é possível chegar à casa de taxi e mesmo de mototáxi. Até pouco tempo, mesmo no verão, nem carro passava”, recorda.

Assis Brasil com outra cara

O empenho da prefeita de Assis Brasil, Eliane Gadelha, para que as ruas da cidade sejam todas pavimentadas salta aos olhos. Diariamente, ela percorre várias trechos, fiscaliza, cobra empenho e resolve problemas pontuais que surgem no dia-a-dia dos trabalhos.

Ela faz questão de agradecer ao governador Tião Viana, que entrega três ruas hoje na cidade (Tancredo Neves, Costa e Silva e Castelo Branco), sem o qual, segundo ela, não seria possível realizar um volume de obras tão grande na cidade. “Tenho muito a agradecer a sensibilidade do governador Tião Viana, porque o maior ganho é da população”, destaca.

Não é apenas ela. Os moradores de Assis Brasil também não se cabem de contentamento. À pavimentação de ruas seguem a reforma das casas, que são imediatamente pintadas. “As pessoas estão arrumando suas casas, fazendo suas áreas, e é exatamente isso que é o mais bonito”, enfatiza a prefeita.

A licitação para a segunda fase do programa Ruas do Povo na cidade será aberto até o fim do mês, e quando essa etapa for concluída, Assis Brasil será uma das primeiras cidades a ter todas as ruas pavimentadas. “Estou feliz porque vamos ter outra cara. Assis Brasil vai sair da lama e da poeira e vamos deixar de ser o fim para ser a entrada do Brasil”, comemora.

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