Binho pede que jornais da Globo corrijam erros sobre indicadores do Acre
À Central Globo de Jornalismo;
Para corrigir informações veiculadas no Jornal Nacional e Jornal da Globo de terça-feira, 31 de agosto, consideramos importante a apreciação dos dados a seguir:
Na entrevista à candidata Marina Silva, a apresentadora Cristiane Pelajo afirmou que o Acre tem um índice de 10,7% de analfabetismo, como se isso fosse reflexo do insucesso do atual governo.
Sejamos justos: o índice de analfabetismo medido pelo IBGE em 2008 para o Acre é de 13,8%. Mas, este mesmo índice do IBGE de 2000, era de 23,8%. Ou seja: no período de 2000 a 2008, sob a administração do PT e Frente Popular, o índice de analfabetismo teve uma queda de 42%.
Vale ressaltar que, na avaliação do SAEB de 1997, o Acre se encontrava em 27° lugar no ensino de 1ª a 4ª séries; em 21° no ensino de 5ª a 8ª séries e em 21° colocado no ensino médio. Agora, mesmo sob a avaliação do IDEB que substituiu o SAEB em 2005, o Acre se encontra em 10° lugar em ensino do 1ª a 4ª séries; em 7° lugar no ensino de 5ª a 8ª séries e em 4° lugar no ensino médio. Em síntese, em menos de 10 anos, o Acre evoluiu da última colocação para uma posição entre os dez melhores sistemas de ensino do país na atualidade.
Na mesma entrevista, Cristiane Pelajo afirmou que 54% dos domicílios do Acre não possuem água encanada, quando a informação correta é que 69% das residências possuem água canalizada.
A informação de que 73% dos domicílios não têm esgoto também está incorreta, porque 55% das residências são assistidas por alguma modalidade de esgotamento sanitário, seja por rede coletora, seja por fossa séptica característica da região e aceita pela OMS.
Mortalidade infantil
No JN no ar de Feijó e Rio Branco, o jornalista Ernesto Paglia apontou mortalidade infantil de 29,8 a cada mil nascidos vivos, baseado em cálculo estimativo do IBGE para 2008. Na contagem direta aceita pelo DATA/SUS e Ministério da Saúde, a mortalidade infantil registrada em 2008 no Acre foi de 18 a cada mil nascidos vivos.
A diferença verificada entre a projeção do IBGE e o registro direto DATA/SUS é que a estimativa IBGE 1991/2030 foi baseada no ritmo de crescimento que o Acre apresentava à época. Ocorre que, com a aceleração do crescimento e melhorias no serviço público promovidas pelos governos da Frente Popular a partir de 1999, as projeções do IBGE ficaram defasadas. O registro direto DATA/SUS aceito pelo Ministério da Saúde aponta uma redução na mortalidade infantil no Acre entre 1998 e 2008 na faixa de 48,3%, enquanto o percentual da queda da mortalidade infantil no âmbito nacional entre 1998-2008 é de apenas 29,8%.
Esperamos que os dados disponibilizados acima contribuam para a correção das informações.
Atenciosamente,
Binho Marques, Governador do Acre