Ponto turístico dos amantes da natureza, a Área Proteção do Ambiental (APA) do Lago do Amapá, localizada em Rio Branco, é uma das unidades de conservação geridas pelo governo do Estado, por meio da Secretaria de Meio Ambiente (Sema). Na última semana, técnicos do Parque Nacional do Pico da Neblina (AM) estiveram no local para compartilhar experiências.
A comitiva amazonense, composta pela chefe do Parque Nacional do Pico da Neblina, Luciana Uehara, e pelo professor e representante do povo Yanomami, Valdemar Lins Maturacá, veio ao Acre conhecer a gestão da área de conservação da natureza, situada próximo à cidade.
Gerido pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), o Parque do Pico da Neblina foi criado em 1979 e está situado na fronteira entre Brasil e Venezuela, numa região conhecida popularmente como “Cabeça de Cachorro”. Batizado na língua Yanomami como “Yaripo” (Serra dos Ventos), é considerado pelos indígenas um local sagrado – treze etnias habitam o parque.
A região atrai praticantes de atividades de montanhismo. No entanto, divergências com moradores e agências de ecoturismo inviabilizaram as visitas desde 2003. Uma expedição experimental foi realizada no Parna, por montanhistas, ano passado.
“O interesse em conhecer a APA Lago do Amapá foi devido ao histórico de atividades de ecoturismo desenvolvidas na unidade de conservação que recebe visitantes e trilheiros, somado às nossas experiências com atividades de arvorismo. Além disso, a APA abriga uma ampla variedade de restaurantes e empreendimentos de fortalecimento da gastronomia regional”, explicou a gestora da APA do Lago do Amapá, Mirna Caniso.
Durante o passeio pela UC, os visitantes apreciaram a biodiversidades da fauna e flora do local, como, por exemplo, as distintas espécies de cogumelos. O povo Yanomami do Amazonas comercializa cogumelos comestíveis.
Mirna observa ainda: “O ecoturismo atua no crescimento socioeconômico dos comunitários, apresentando-se como uma alternativa de substituição de práticas antigas e predatórias como a caça e a pesca ilegais”.