Gestão da força de trabalho, desafios e suas complexidades 

Por Frank Goldemberg Leal*

Uma preocupação constante das instituições consiste no gerenciamento de toda a força de trabalho disponível, de modo a garantir a prestação dos serviços. Questões como rotatividade, movimentações, aposentadorias, fim de contratos temporários, licenças e até férias de servidores devem ser analisadas de forma inteligente, sempre buscando evitar prejuízos à qualidade dos serviços.

A descontinuidade dos serviços é um grande desafio a ser enfrentado. Projetos iniciados, a priori, devem ser concluídos. A memória setorial e os saberes não podem se perder com a rotatividade de servidores, fazendo-se necessário um olhar atento dos líderes para que essa problemática seja evitada.

O conhecimento institucional deve ser um fator importante para evitar a descontinuidade. O compartilhamento de conhecimento deve ser um processo constante entre servidores, evitando, desta forma, perda da capacidade operacional ante as diversas movimentações rotineiras, sendo também um grande desafio que os gestores devem compartilhar com seus líderes.

Planejar a força de trabalho exige continuidade e sistematização para melhor avaliação das necessidades do presente e do futuro em termos de perfil técnico, composição e quantidade, tudo isso alinhado aos objetivos e necessidades relacionados às demandas crescentes por serviços públicos de melhor qualidade.

Planejamento, conhecimento e gestão são requisitos obrigatórios para atender melhor às demandas do serviço público. Se preparar para que, independentemente das movimentações de servidores, os serviços sejam realizados, é um grande desafio diante de tantos fatores internos e externos que interferem na Administração Pública como um todo.

Alguém disse “sucesso sem sucessor é fracasso”. Uma visão gerencial sobre a equipe se faz necessária por parte dos líderes. Preparar sucessores, planejar as férias, se preparar para as aposentadorias iminentes, enfim, analisar o impacto dos diversos afastamentos possíveis, diversificar as competências e mesclar as equipes com servidores mais experientes e servidores menos experientes são algumas das ações que garantirão que o conhecimento implícito e a memória setorial sempre sejam resgatados.

*Frank Goldemberg Leal é especialista em Execução Penal/administrador do Instituto de Administração Penitenciária do Acre (Iapen/AC), especialista em Administração Pública e em Gestão em Saúde no Sistema Prisional, com MBA em Gestão de Pessoas e Liderança

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